Brasil: Pesquisas eleitorais confirmam cenário de indefinição.
Os ativos de risco estão abrindo o
dia em tom mais positivo, liderados por um movimento de dólar mais fraco no
mundo. Este movimento teve início ontem, após Trump reforçar suas críticas ao
processo de alta de juros que vem sendo promovido pelo Fed. A posição técnica
do mercado de câmbio, excessivamente comprada em dólar, deve ajudar este tipo
de movimento no curto-prazo. Estou sem posições estruturais ou táticas no mercado
de câmbio neste momento, mais pela posição técnica e pelo nível de preços do
que pelo cenário econômico em si.
Os ativos na China apresentaram
dinâmica de maior estabilidade. Os policy
makers seguem tomando medidas visando estabilizar a economia e a situação
financeira do país. Ainda acho cedo para definirmos que foram, definitivamente bem-sucedidos
nesta empreitada, mas a estabilização recente dos mercados é um sinal positivo,
mesmo que pontual, nesta frente.
A Turquia está em feriado nacional. A
moeda do país segue em trajetória de depreciação. O cerne do problema turco
ainda não foi endereçado. Assim, fica difícil acreditar em uma estabilização
permanente da situação do país.
O destaque internacional da semana
ficará por conta das Minutas do FOMC na quarta-feira e para o discurso de Jay Powell,
presidente do Fed, na sexta-feira.
No Brasil, as pesquisas eleitorais reforçaram o quadro de indefinição
política que irá marcar as eleições para presidente. A única mudança relevante passiva
de comentário ficou por conta do avanço de Lula nas pesquisas estimuladas com
seu nome. Como, segundo a Lei da Ficha Limpa, tudo indica que Lula não será
candidato, nos demais cenários, a corrida eleitoral se mostra indefinida, com
cerca de 4 a 5 candidatos, em maior ou menor grau, bastante competitivos. Este
cenário já prevalece há alguns meses, sem mudanças relevantes, a despeito da
esperança (ou da torcida) do mercado por uma definição mais clara. Não vejo as
pesquisas divulgadas ontem como alterando de maneira significativa a
preocupação dos investidores com o cenário pós-eleitoral.
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