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Os ativos de risco estão abrindo sobre pressão, com a situação na Turquia longe de uma solução definitiva. No final de semana, os governantes turcos mantiveram uma postura e um tom de desafio em relação aos EUA e aos mercados financeiros globais, mostrando que existe, neste momento, pouca disposição em adotar medidas agressivas e ortodoxas capazes de estabilizar a economia e reverter a dinâmica recente.
Não há novidades relevantes no Brasil. O foco do mercado deverá ficar por conta da situação na Turquia e seus desdobramentos.
Hoje pela manhã, a autoridade monetária divulgou algumas medidas de suporte ao setor bancário. Na minha opinião, são medidas positivas, mas pequenas e pouco poderosas para reverter o quadro econômico e financeiro do país.
Na minha visão, apenas um pacote de medidas ortodoxas, como ajuste fiscal, aperto monetário, ajuda financeiras do FMI, entre outros, serão capazes de estabilizar e, eventualmente, reverter essa dinâmica negativa. Quanto mais tempo demorar para essas medidas serem tomadas, mais poderosas e extremas deverão ser as medidas anunciadas.
O caso recente da Argentina é um bom exemplo disso. Mesmo com taxas de juros acima de 40% e um elevado pacote do FMI, o país ainda está administrando uma depreciação cambial e uma depreciação de seus ativos, em meio um cenário de aperto das condições financeiras globais.
Diante da postura dos governantes turcos, ainda não me parece haver disposição para atuar nessa direção descrita acima. Assim a situação pode ter que ficar pior antes de melhorar.
Segundo a mídia, as medidas anunciadas pelo BC turco são:
Entre as ações, o BC turco citou a elevação dos limites de depósito de garantia das operações com liras dos bancos de 7,2 bilhões de euros para 20 bilhões de euros.

A autoridade também reduziu os índices de exigência de reserva de lira em 250 pontos base para todas as faixas de vencimento e disse que os leilões tradicionais de recompra ou de venda de depósito podem ser mantidos com vencimentos máximos de 91 dias, se necessário.

Além disso, o BC turco afirmou que, em dias com maior necessidade financiamento, mais de um leilão de recompra pode ser realizado, com vencimentos entre 6 e 10 dias. Também será possível que os bancos façam empréstimos em moeda estrangeira no vencimento de um mês, além do tradicional prazo de uma semana.

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