Brasil: Volatilidade alta deve continuar.


O dia não trouxe mudanças para o cenário de Brasil. A dinâmica foi marcada por elevada volatilidade, com o dólar terminando o dia em leve alta, mas com uma forte recuperação da bolsa e do mercado local de juros.

Seguimos com uma posição comprada em inflação implícita, menor do que antes, e apenas operando taticamente no mercado de câmbio e juros. Sem atuação relevante no mercado de renda variável. Comentei mais respeito na tarde de ontem. Não mudei minha avaliação desde então (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/08/brazil-from-denial-to-reality.html).

Os ativos locais seguirão bastante sensíveis ao cenário eleitoral e, em certa medida, com alguma descorrelação de curto-prazo em relação aos mercados externos.

Nos EUA, as Minutas do FOMC, na minha visão, não trouxeram novidades relevantes ao cenário. Ao que tudo indica, o Fed seguirá o seu processo de normalização monetária. Recebi algumas indagações de que o Fed estaria mais “dovish” devido ao apontamento dos riscos provenientes dos mercados emergentes e da “guerra comercial”.

Lendo o documento no detalhe e atentamente, percebo que grande parte dos comentários apontam para uma economia sólida, um mercado de trabalho robusto e uma inflação próxima a meta. O Fed afirma que os riscos estão balanceados. Apenas poucas linhas das Minutas citam os riscos provenientes dos mercados emergentes e da “guerra comercial”, porém como riscos e não cenário base, assim como os membros do comitê citam riscos altistas para atividade e inflação, como o impulso fiscal e o mercado de trabalho apertado.

Os ativos mais dependentes da China permaneceram pressionados negativamente ao longo do dia, com o CNH depreciando 0,3% e o Cobre caindo 0,9%, por exemplo. O cenário para o país ainda demanda cautela.

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