China: "Reflation". Números saudáveis de exportações e importação.
Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento de “reflation” retomado ontem após as declarações de Trump e sua equipe econômica em relação a possível divulgação de uma ampla reforma tributária dentro de algumas semanas.
Para reforçar o cenário, e este movimento dos mercados, os dados de exportação e importação de janeiro, na China, surpreenderam positivamente, mostrando uma economia global saudável, com certa aceleração do crescimento.
As exportações passaram de -6,2% YoY para 7,9% YoY, com as importações saindo de 3,1% YoY para 16,7% YoY, ambas acima das expectativas. Os números de hoje reforçam minha visão de uma economia relativamente estável e saudável no curto-prazo (1 a 3 meses) mas com alguma desaceleração contratada para o médio-prazo (3 a 6 meses) após as últimas medidas de aperto monetário anunciadas no país.
No Brasil, os jornais de hoje (artigo de Claudia Safatle no Valor) voltaram a afirmar que existe um movimento para redução da meta de inflação de 2019. Este movimento parece estar avançado. Resta saber, agora, qual será a nova meta e as bandas que serão adotadas. Na minha visão faz total sentido o atual governo abaixar a meta de inflação após um forte processo desinflacionário no país. Este movimento irá ajudar a reduzir as expectativas de inflação de prazos mais longos, e tornar mais custoso, para qualquer eventual governo ou banco central (no futuro) tentar adotar políticas menos ortodoxas.
No campo político, os ruídos em torno da Operação Lava-Jato continuam, mas o Congresso segue seu cronograma positivo de reformas.
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