Brasil: Otimismo Continua!
Dia de pouquíssimas
novidades para o cenário. Destaque para o bom desempenho dos ativos emergentes
e para a queda do dólar no mundo, o que ajudou a dar sustentação ao BRL, e a um
movimento de flattening da curva
local de juros. O Ibovespa ficou estável, pressionado pelo resultado abaixo das
expectativas do Bradesco e pela queda da Vale, mas suportado por setores mais
sensíveis aos juros.
No campo político, Rodrigo
Maia foi eleito para presidente da Câmara, como era amplamente esperado. A
votação ficou um pouco abaixo das expectativas, o que pode indicar um desafio
um pouco maior para Temer e Cia nas próximas negociações. De maneira geral, Com
Eunício de Oliveira e Rodrigo Maia a frente do Congresso, o governo tem amplo
respaldo para dar continuidade ao processo de reformas econômicas.
Nos EUA, o Jobless
Claims apresentou queda de 260k para 246k em linha com as expectativas. O
número ainda mostra um quadro de solidez do mercado de trabalho. A
Produtividade do 4Q ficou em 1,3% e o ULC em 1,7%. De maneira geral, reforça um
cenário de produtividade baixa (potencial de crescimento baixo) mas ainda sem
sinais concretos de pressões inflacionárias.
Trump continua
dominando as manchetes com suas declarações e atitudes, no mínimo, polêmicas.
Acredito que devemos
continuar focados nos fundamentos da economia, e tentar se desvincular da
volatilidade diária de ruídos emitidos pelo novo presidente dos EUA. Sua
plataforma econômica importa muito para o cenário de médio e longo-prazo.
Neste momento, existem
poucos detalhes de o que (e como) tudo aquilo que foi apresentado em sua
campanha será executado e implementado. Esta ausência temporária de detalhes
pode estar freando parte do que acredito ser uma tendência de longo-prazo, ou
seja, taxas de juros mais elevadas e um dólar mais alto, suportados por um
crescimento marginalmente maior, uma inflação mais elevada e uma postura,
consequentemente, mais dura por parte do Fed.
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