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Os ativos de risco estão mantendo o tom negativo verificado na noite de ontem, com mais uma rodada de queda no preço do petróleo, liderando um movimento generalizado, porém ainda tímido, de “risk-off” ao redor do mundo. As bolsas da China tiveram um dia de alta, mas o CNY apresentou mais uma rodada de depreciação, o que deveria manter as moedas emergentes sobre pressão.

A agenda na Europa será esvaziada hoje. No Brasil, o destaque ficará por conta dos dados de crédito divulgados pelo BCB, enquanto nos EUA teremos a divulgação do Markit Services PMI.

Eu mantenho minha visão descrita neste fórum na tarde de terça-feira, ou seja, com o S&P500 próximo ao patamar de 1925-1950 acumulam-se evidencias de que o ajuste técnico de posições possa ter ficado para trás. Além disso, alguns eventos nas últimas 48 horas confirmam que o cenário central para a economia mundial sofreu poucas alterações nas últimas semanas, a despeito dos rápidos e acentuados movimentos dos ativos de risco. Eu destacaria alguns sinais relevantes para os mercados financeiros globais: (1) As prévias dos PMI´s ao redor do mundo, assim como alguns indicadores de confiança nos EUA e na Europa (IFO, ZEW, Consumer Confidence e etc), divulgadas entre ontem e hoje, mostram um crescimento global frágil, (2) a moeda da China, o CNY, apresentou relevante depreciação contra o USD no fixing desta noite, (3) o Ministro do Petróleo da Arábia Saudita deu declarações em que indica de que não há a intensão de reduzir a produção da OPEP, pelo menos no curto-prazo, entre outros.

Brasil – Segundo Monica Bergamo, da Folha, A proposta de "reforma fiscal de longo prazo" de Dilma Rousseff, divulgada na sexta, elevou a níveis inéditos a tensão entre ela e o PT. O texto prevê, entre outras coisas, a "suspensão de aumento real do salário mínimo" em caso de elevação de gastos acima de limite ligado ao crescimento do PIB. "É quase um rompimento explícito dela com o partido", afirmou um senador petista à coluna, que colheu também as seguintes afirmações de diferentes lideranças: "Dilma atravessou o Rubicão"; "há um descasamento cada vez maior entre ela e o partido"; "a presidente está fazendo um movimento deliberado para sair do PT".

A notícia apenas explicita o que, de certa forma, já era de conhecimento geral, ou seja, será extremamente difícil a aprovação de qualquer reforma da previdência que garanta uma melhora fundamental das contas públicas nacionais.

No Estado, um artigo afirma que a negociação da dívida dos Estados e Municípios poderá acabar federalizando algumas empresas. O plano de socorro aos Estados, que o governo vai enviar ao Congresso Nacional como parte das medidas de reforma fiscal para reequilibrar as contas do setor público, abrirá a possibilidade de federalização de empresas estatais estaduais. Elas serão aceitas pela União e depois privatizadas. “Cada Estado vai apresentar a empresa que acreditar que é interessante se desfazer em troca de uma redução no fluxo de pagamento de dívidas”, informou ao Estado o secretário do Tesouro Nacional, Otavio Ladeira. Segundo ele, as empresas de distribuição de gás são candidatas a entrarem na lista. Também serão aceitas participações acionárias dos Estados em empresas. O resultado obtido com a alienação dos ativos será aplicado, como redutor, nas prestações mensais da dívida que eles têm com a União ao longo dos cinco anos seguintes à venda.

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