Brasil em Foco

As revistas semanais divulgadas no final de semana deram atenção especial ao que seriam novos desdobramentos das investigações sobre o entorno do ex-presidente Lula no que tocante ao sitio em Atibaia e ao Triplex no Guarujá, Segundo as reportagens, existem novos indícios de que Lula e sua esposa teriam participado ativamente das obras de reforma de ambos os imóveis.

Na sexta-feira à noite, o Senador petista Delcídio do Amaral foi liberado da prisão. Segundo a imprensa, Delcídio voltará a exercer, normalmente, seu cargo de Senador. Inclusive, poderá voltar a comandar a Comissão de Assuntos Econômicos, o qual é presidente. Ainda existe uma enorme especulação se Delcídio irá, ou não, assinar um acordo de delação premiada, ou se irá ajudar as investigações de alguma maneira como, por exemplo, como testemunha. Segundo a Folha de dominga, Delcídio irá evocar sua inocência em discurso no Senado ( http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/02/1741515-na-volta-ao-senado-delcidio-dira-que-foi-vitima-de-armadilha.shtml ) , mas o jornal O Globo continua insistindo que o Senador irá assinar uma delação premiada.

Uma vez mais, o cenário político se mostra conturbado e sem nenhum sinal de solução simples. Existe um cenário positivo em que os ativos locais leiam os últimos eventos como um aumento do risco do processo de impeachment ganhar corpo. Contudo, o cenário base, na minha visão ainda parece ser de “mais do mesmo”, ou seja, uma enorme confusão política que impedirá o impeachment, assim como impossibilitará qualquer aprovação de medida que ajude a colocar o país no trilho da recuperação econômica. Neste ambiente, o país seguirá “se arrastando”, com a recessão virando uma depressão, a inflação ainda elevada e a dívida/PIB caminhando para níveis explosivos.

Vale ressaltar, ainda, que no apagar das luzes de sexta-feira, o Governo anunciou mais uma extensão da dívida dos Estados, para 50 anos, liberando espaço para que estes consigam captar a juros mais baixos via o BNDES. Já virou rotina, desde que Barbosa assumiu o Ministério da Fazenda anúncios, pontuais e localizados, porém cada vez mais frequentes, de liberação de crédito subsidiados para alguns setores da economia.

A proposta de limitar o teto do gasto público anunciada na sexta-feira por Nelson Barbosa é bastante positiva e muito bem vinda. Contudo, sou cético que este governo será capaz de implementar uma medida deste calibre na atual conjuntura econômica e política.

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