Posição técnica mais ajustada.
Os ativos de risco estão perdendo ímpeto com o S&P500
próximo ao patamar de 1925-1950, como eu suspeitava, levando consigo os demais
ativos de risco. Assim, hoje, foi o primeiro sinal de que a posição técnica do
mercado possa estar mais balanceada. A divulgação de novo acumulo de estoques
de petróleo (e derivados) acabou ajudando a dar um tom mais negativo nos ativos
de risco após a hora do almoço, com o petróleo WTI caindo mais de 3% dos highs do dia.
EUA – O Jobless Claims caiu de 269k para
262k, abaixo das expectativas de 275k. Alguns Estados tiveram que estimar seus
números. De qualquer maneira, mostra um mercado de trabalho ainda saudável no
país. O Phlly Fed subiu de -3,5 para -2,8, com uma abertura qualitativa
negativa, ou seja, o setor manufatureiro ainda é o “patinho feio” da economia
dos EUA.
Ainda vejo um cenário
positivo para o dólar no mundo, mas cada vez mais a escolha do funding será importante na alocação do
portfólio. Por hora, continuo gostando de uma alocação relevante vendida em
BRL.
Brasil – Altamir Lopes proferiu um discurso mais hawkish do que a leitura que o mercado
havia tido das recentes conversas com o BCB. O Copom parece disposto a manter
os juros estáveis por um período prolongado de tempo, pelo menos por hora.
Segundo a mídia, o PT não pretende apoiar uma Reforma da Previdência na atual
conjuntura. Segundo fontes, o Citibank pretende sair das operações de banco no
varejo no Brasil. As mudanças de regulamentação externas, e o cenário local
turbulento, são motivos coerentes que justificam tal postura.
Continuo não vendo valor
na curva local de juros nos atuais níeveis, preferindo gastar alguns bps em
prêmios de opção para eventuais quedas de juros ao longo deste ano (“just in
case...”). Ainda acredito que haja espaço para o BRL atingir níveis mais
depreciados no curto-prazo.
Europa – Um amigo, e leitor deste fórum, me apontou um trecho
interessante das Minutas do ECB:
"The exchange rate channel was viewed as also playing an important role in
the transmission of the monetary policy measures to the broader economy. It was
noted that more recently, however, this channel had weakened owing in
particular to the depreciation of the currencies of emerging market
economies."
Usando das conclusões
deste parceiro, as quais eu concordo, o trecho acima mostra a importância que
os BC´s estão dando ao movimento das moedas na transmissão das políticas
monetárias. Em suma, podemos estar diante de uma nova “Guerra Cambial”, já que,
Europa, Japão, China e EM, ao mesmo tempo, buscam moedas mais fracas para
ajudar a trazer suporte a economia. Neste ambiente, o USD e o Ouro tendem a se
mostrar ativos resilientes.
Comentários
Postar um comentário