Sinais ainda preocupantes para economia mundial.
Os ativos de risco tiveram uma quarta-feira de elevada volatilidade.
Neste momento, ainda operam com viés de “risk-off”,
mas longe dos piores momentos do dia, verificados durante a manhã.
O dia trouxe novas evidências que podem estar apontando para um
cenário de crescimento global ainda fragilizado, em linha com o que já havia
sido demonstrado pelos Flash PMI´s Manufacturings e pelo IFO na Alemanha. Além
disso, o Secretário do Tesouro Americano afirmou que o G20 não deve adotar
nenhuma medida radical em suporte a economia mundial ou aos mercados
financeiros globais, como alguns esperavam.
O Markit Services PMI nos EUA
caiu de 53,2 para 49,8 pontos, muito abaixo das expectativas de 53,5 pontos e
abaixo do importante patamar de 50 pontos. O New Home Sales caiu 9,2% MoM, para
494k, também abaixo das expectativas de 520k. é verdade que o clima possa estar
trazendo uma volatilidade indesejada a alguns indicadores neste começo de ano,
mas dificilmente explica integralmente a fraqueza do Services PMI.
No Brasil, a Moody´s,
finalmente, anunciou um corte na nota de crédito do país, para nível abaixo do
grau de investimento. A agencia era a única das principais que ainda mantinha
nota do país acima do IG. O outlook
manteve-se negativo.
Os dados de crédito mantiveram a tendência que já é regra a mais
de um ano, ou seja, concessões mais brandas, taxas e spreads mais elevados, e
inadimplência em alta (vide gráficos abaixo).
O cenário político continua extremamente conturbado. A pauta do
Congresso começa a ganhar forma mais relevante a partir de hoje, com Eduardo Cunha
colocando em votações medidas contrárias ao desejo do governo. É provável que
uma nova rodada de “pauta bomba” venha a criar obstáculos, mesmo que apenas
pontuais, ao governo, no mínimo, atrasando a votação de medidas indispensáveis
ao ajuste econômico do país. Em relação a nova fase da Operação Lava-Jato, a
mídia especula que o marqueteiro oficial do PT nas últimas eleições irá
desvincular qualquer recebimento de quantias no exterior a campanhas políticas
no Brasil.
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