Poucas novidades.


Os ativos de risco mantiveram ontem o bom humor da manhã e fecharam o dia em tom positivo no geral. O destaque continua por conta do alivio por parte do banco central da China e pela sinalização do Fed em relação a uma pausa no seu processo de normalização monetária. Alguns resultados corporativos acima do esperado nos EUA, nos últimos dias, também ajudaram a estabilizar o humor e dar ímpeto a recuperação dos mercados. Os dados econômicos continuam mostrando um cenário mais desafiador para o crescimento global.

No final da tarde de ontem, o Beige Book, nos EUA, um relatório qualitativo que mede a temperatura da economia e é produzido pelo Fed, mostrou sinais de desaceleração da economia e pressões altistas de preço. Este cenário costuma ser negativo para a margem das empresas e, consequentemente, para seus lucros. Geralmente, é um ambiente mais desafiador para as ações/bolsas.

Na Inglaterra, Theresa May sobreviveu ao voto de confiança e agora busca um acordo para avançar com o Brexit de maneira menos traumática para o país.

No Brasil, poucas novidades relevantes além dos rumores usuais em torno da Reforma da Previdência.

Ontem à noite estive em um jantar com executivos de um grande banco Europeu, que já teve presença forte no  país mas deixou há alguns anos atrás. Podemos inferir que sua visita ao país já é um sinal de interesse pelo Brasil, em eventualmente aumentar exposição ao país. A despeito do otimismo dos locais, ainda vejo certo receio dos estrangeiros com os ciclos econômicos e políticos do país, e de qualquer país emergente, para acreditar em uma presença massiva desses “players” no mercado local. Sem dúvida há motivos para animação e esperança de aumento de exposição, mas ainda se vê muitas dúvidas e medos por parte desses investidores de prazo mais longo.

Uma pesquisa de popularidade divulgada pelo XP hoje cedo mostra que Bolsonaro continua bastante popular e com o apoio da população. Me parece que o Governo entende isso. Em especial, Paulo Guedes e equipe buscam acelerar a Reforma da Previdência pois entendem que precisam do apoio popular para que um projeto agressivo seja aprovado logo no início do mandato.

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