Brasil: Reforma da Previdência, Cessão Onerosa e avante!


Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom levemente mais negativo, após uma segunda-feira de movimentos majoritariamente positivos, com dólar fraco, bolsas e commodities em alta.

O destaque do cenário internacional de ontem ficou por conta de uma queda superior as expectativas no ISM Non-Manufacturing dos EUA, que parou levemente acima dos 57 pontos, saindo de próximo dos 60 pontos no mês anterior. A queda está em linha com os movimentos que estamos vendo ao redor do mundo desenvolvido, mas o patamar do número nos EUA ainda é muito superior ao resto do mundo. O crescimento no país segue saudável e superior aos seus pares, a despeito de algum arrefecimento na margem. A desaceleração é um ponto de atenção, mas ainda não deveria gerar pânico.

Na Alemanha, o Factory Orders apresentou queda acima do esperado e um quadro de maior preocupação para o crescimento do país, da Europa e do mundo como um todo. Continua espantando com a desaceleração que vem sendo mostrada pelos números na Europa e na China. Vejo as duas regiões como grandes riscos ao cenário ao longo deste ano. No curto-prazo, contudo, deveremos observar uma queda de braço entre sinais mais positivos de mercado, como bancos centrais menos duros, posição técnica mais saudável e preços mais atrativos contra um pano de fundo estrutural ainda bastante desafiador.

No Brasil, matéria da Folha fala em uma Reforma da Previdência com regras de transição de 12 anos, mais duras dos que os cerca de 20 anos propostos pela Reforma de Temer. A despeito do rumor em torno da Cessão  Onerosa ter sido desmentido pela Fazenda na tarde de ontem, o Valor fala em pagamento da ordem de US$15 a US$20bi para a Petrobrás. Os presidentes dos bancos públicos empossados ontem sinalizaram para a privatização de partes das instituições. Em suma, os sinais nesta linha continuam bastante positivos.


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