Mais dúvidas do que certezas...


Ontem foi um dia agitado. Como DB conseguiu resumir muito bem os principais eventos do dia, vou economizar palavras:

Back to the real (financial) world and yesterday lived up to the billing of being a busy day in markets with much weaker-than-expected European PMIs initially setting the tone. Draghi and the ECB then played for time - given March is where they get their latest staff forecasts - but acknowledged that risks were now to the downside. Elsewhere, Wilbur Ross downplayed expectations that a US-China trade deal is any closer, US jobless claims hit the lowest since around the time man first walked on the moon, and it was also a day where the government shutdown looked likely to continue for some time yet, even if there have been overnight attempts to find a deal to temporarily open government.

Em linhas gerais, os PMIs mostram continuidade da desaceleração global, com a Europa liderando o movimento e os EUA ainda relativamente em condições saudáveis. Impressiona o Jobless Claims no patamar mais baixo de décadas. Vejo um cenário desafiador, em que o Fed dificilmente poderá injetar liquidez na economia em um pano de fundo global de desaceleração. O ECB, na Europa, pode até ter instrumentos de estímulos, mas até que eles surtam efeito poderemos passar por turbulências nada confortáveis.

O “shutdown” pode cortar em torno de 0,5% do PIB no primeiro trimestre e mesmo que algum acordo comercial entre China e EUA seja atingido, dificilmente teremos um cessar fogo completo entre as duas nações, vide o que está ocorrendo com as acusações em torno de algumas empresas de tecnologia chinesas. Os resultados corporativos estão mistos até o momento nos EUA, mas já vemos diversas empresas apresentarem sinalizações mais negativas. Vejo com desconfiança uma alta mais consistente e estrutural da bolsa dos EUA.

No Brasil, foco na reforma da previdência e na agenda econômica, cujos sinais continuam bastante positivos. Não podemos tirar o olho dos desenvolvimentos que cercam Flavio Bolsonaro. Por ora, a “crise” ainda não atingiu o núcleo do Palácio do Planalto, mas pode se tornar um problema maior se não for devidamente endereçada.

Sigo recomendando um portfólio externo mais conservador e com diversos hedges. Começo a buscar hedges mais ativos e maiores no Brasil, mesmo mantendo uma visão bastante positiva para o país e seus ativos. Estes processos não costumam ser lineares.

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