Explicação da família Bolsonaro e China em foco.
Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom levemente mais negativo. O dia será de feriado nos EUA, o que deverá reduzir a liquidez dos mercados e, eventualmente, tornar as variações dos ativos mais acentuadas, sem que isso sinalize para nada de fundamentalmente novo no cenário.
A China voltou ao foco esta noite. Primeiro, um artigo na Bloomberg fala que as negociações com os EUA estão avançando pouco no tocante a Propriedade Intelectual, um dos pontos chaves para que um acordo seja atingido (https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-01-21/u-s-china-trade-talks-falling-short-on-make-or-break-ip-issues?srnd=premium). Segundo, os dados econômicos de dezembro ficaram levemente acima das expectativas, mostrando alguma estabilização, mesmo que pontual e frágil, do crescimento.
Mantenho minha visão de que no curto-prazo existe espaço para uma estabilização de humor em relação ao país, condicionado a um acordo comercial com os EUA. No longo-prazo, ainda vejo enormes desafios estruturais e uma possível desaceleração mais acentuada como sendo inevitável, dado o estágio avançado do modelo de crescimento chinês.
No Brasil, Flavio Bolsonaro explicou os depósitos em sua conta como provenientes de processos de compra e venda de imóveis. A resposta foi endereçada de maneira rápida. Caso haja comprovação desses negócios, este tema deixará de ser um problema, mesmo com a mídia esmiuçando a vida do entorno do novo presidente eleito. Escrevi um pouco sobre isso ontem: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/01/brasil-bolsonaro-enfrenta-seu-primeiro.html.
Bolsonaro já recebeu a proposta da equipe econômica para a Reforma da Previdência e deve promover um debate interno final em seu retorno de Davos. Dai em diante, será o desafio político de negociar com o Congresso e avançar na aprovação. Sigo otimista nesta frente, mas sabendo dos enormes desafios que ainda cercam o processo. Não acho que a aprovação será em uma linha reta. Poderemos ter alguma incerteza e volatilidade ao longo do processo.
Nos EUA, o “shutdown” continua, mas surge sinais de que o caminho para um acordo possa ser possível.
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