Síria (global) e Datafolha (local) ainda em foco. Risk-On, por ora...
Os ativos de risco estão abrindo a
semana em tom mais positivo, puxados pela alta das bolsas e abertura de taxas
de juros no mundo desenvolvido. O dólar opera de maneira mais mista e sem
tendência, enquanto as commodities operam majoritariamente em queda, lideradas
pelo petróleo.
A reação do mercado é basicamente em
linha com a minha visão exposta aqui ontem, de que os desenvolvimentos após o
ataque dos EUA (e seus aliados) a Síria poderiam ser vistos de forma positiva
pelos investidores. Para não soar repetitivo, meus comentários podem ser vistos
aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/04/eleicoes-brasil-situacao-na-siria-e.html.
Só gostaria de reforçar que minha
visão mais construtiva em relação ao evento refere-se ao curto-prazo. A
situação diplomática entre os EUA e a Rússia ainda é bastante delicada neste
momento. Tudo indica que novas sanções econômicas às empresas e cidadãos russos
serão impostas pelos EUA. Não sabemos qual será a resposta da Rússia. Os EUA
irão manter presença da Síria e novos ataques não estão descartados. Em suma,
mantenho uma visão cautelosa estruturalmente para os próximos meses, mesmo
entendendo que, no curto-prazo, os eventos recentes retiram algum risco de
escalada mais acentuada nesta crise.
A noite foi de poucos eventos
adicionais, o que me fazem remontar aos meus comentários do final de semana
para mais detalhes (https://mercadosglobais.blogspot.com.br/).
No Brasil, os jornais de hoje estão
repercutindo a pesquisa para as eleições do datafolha divulgadas na manhã de
ontem e também já comentadas nos links acima
Continuo trabalhando com um cenário
ainda desafiador para os ativos de risco de maneira geral, buscando poucos
temas de investimentos e posições relativas. Neste momento, estamos com baixa
alocação a risco e em temas bastante específicos:
- No Brasil, juros longos por mais
tempo e recuperação cíclica da economia, através de posição comprada em NTN-B
na parte longa da curva. Taticamente zeramos nossa posição em renda variável
Brasil no final de março.
- Nos EUA, juros mais altos
estruturalmente, através de posições tomadas em Treasury na parte intermediária
da curva, via compra de puts.
- Como hedge, temos uma posição
comprada em JPY e vendida em AUD através de compra de puts de AUDJPY.
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