Retórica mais branda de Trump, Agenda de resultados e BRL em foco.


Os ativos de risco estão apresentando recuperação à medida que Trump alivia sua retórica em relação a sua estratégia comercial. Além de um tom mais ameno com relação à China, Trump indicou que pode rever sua posição de se retirar do TPP.

A agenda do dia terá os resultados corporativos do setor bancário como destaque na agenda dos EUA. O mercado já espera uma temporada bastante positiva de resultados corporativos trimestrais, puxada pela recuperação da economia e pela reforma tributária, em um momento que a bolsa dos EUA apresenta um preço/valor mais atrativo que a pouco tempo atrás. Serão os resultados suficientes para levar a um novo pico das bolsas dos EUA? Está é a expectativa de muitos analistas.

No Brasil, o destaque tem ficado por conta da terrível performance do câmbio (BRL). A moeda voltou a operar acima de 3,40, com desempenho nominal pífio, especialmente contra os seus pares. Existe uma série de teorias para explicar essa dinâmica, como menor carrego (“carry”), busca por hedge em período eleitoral e afins. Não consigo dizer com convicção o que explica essa performance, em um pano de fundo de contas externas saudáveis. Contudo, não acredito que haja um cenário de reversão profunda deste movimento. Assim, continuo neutro no mercado de câmbio e adotando postura tática.

A mídia está reportando que Rodrigo Maia pode desistir da disputa pelo planalto. O governo segue em busca da privatização da Eletrobrás, mas não há articulação no Congresso para avanço da medida. A justiça decidiu encaminhar as investigações sobre “caixa 2” nas campanhas de Alckmin para a Justiça Eleitoral, e não para a força tarefa da Laja-Jato, o que retira um risco grande a situação do candidato do PSDB, mesmo que ainda crie desgaste para a sua imagem.

Na China, as exportações apresentaram queda de 8% YoY, muito abaixo das expectativas de elevação. O número pode ainda estar sendo muito afetado pelo Ano Novo Lunar, o que torna sua análise poluída e de difícil conclusão. Só teremos um poder maior de análise com os dados de abril. Olhando o primeiro trimestre como um todo, a economia ainda demonstra estabilidade em uma situação saudável.

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