Eleições Brasil, Situação na Síria e Riscos.
Seguindo meus comentários de ontem: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/04/ataque-siria-riscos-no-brasil.html.
Brasil – O Datafolha
divulgou hoje mais uma pesquisa eleitoral. Não sou um especialista no assunto,
então farei comentários apenas superficiais. Nos cenário sem a presença do
ex-presidente Lula, os que importam, em minha opinião, o quadro segue o mesmo
de antes, ou seja, sem uma definição clara ou concreta.
Bolsonaro
continua liderando as intenções de voto e pelo menos outros 4 candidatos se
mostram competitivos, são eles: Marina, Ciro, Joaquim Barbosa e Alckmin (não
necessariamente nesta ordem). Os demais candidatos mostra baixíssima expressão
e dificilmente conseguirão sair desta situação.
Para os mercados financeiros locais, acho difícil que
essa pesquisa altere a incerteza que predomina sobre o tema. Acredito que a
partir de agora qualquer mudança mais relevante neste quadro, para o bem ou
para o mau (na percepção dos investidores) passarão a ser mais relevantes para
a dinâmica de preço.
Por
ora, seguimos em um cenário de enorme incerteza em relação a este tema, o que não
deveria alterar a postura mais cautelosa do mercado.
A
pesquisa completa pode ser vista aqui: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/prisao-enfraquece-lula-e-poe-marina-perto-de-bolsonaro-diz-datafolha.shtml.
Síria – A operação
militar dos EUA (e seus aliados) na Síria, até este momento, se mostrou um
ataque pontual e preciso. Não houve uma reação militar ou diplomática mais dura
ou agressiva por parte do exércitio sírio e, muito menos, pela Rússia.
Assim,
por ora, parece que os EUA conseguiram atingir de maneira vitoriosa seu
objetivo de enfraquecer o poderia bélico (e o arsenal químico) da Síria, sem
gerar um problema diplomático mais grave.
Ainda é cedo para acreditar que a situação esteja
de fato resolvida, mas para os mercados financeiros globais a situação, se
permanecer neste ambiente, será vista como de baixo risco e, até mesmo, pode
retirar um “risco de cauda” de curto-prazo.
Riscos – Continuo
vendo dois grandes riscos concretos e com maior probabilidade do que o mercado
embute neste estágio do ciclo. Primeiro, de uma aceleração mais rápida da
inflação nos EUA e/ou a necessidade de um aperto de juros mais agressivo do que
o precificado na curva atualmente.
Segundo,
vejo sinais um pouco mais preocupantes de desaceleração na China. Não vejo um
ambiente de elevada desaceleração, mas talvez uma tolerância maior por parte
deste governo, com o poder mais consolidado, de um menor crescimento no
curto-prazo visando medidas estruturais para desalavancar a economia e evitar
bolhas em setores específicos da economia.
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