Eleições Brasil, Situação na Síria e Riscos.


Brasil – O Datafolha divulgou hoje mais uma pesquisa eleitoral. Não sou um especialista no assunto, então farei comentários apenas superficiais. Nos cenário sem a presença do ex-presidente Lula, os que importam, em minha opinião, o quadro segue o mesmo de antes, ou seja, sem uma definição clara ou concreta.
Bolsonaro continua liderando as intenções de voto e pelo menos outros 4 candidatos se mostram competitivos, são eles: Marina, Ciro, Joaquim Barbosa e Alckmin (não necessariamente nesta ordem). Os demais candidatos mostra baixíssima expressão e dificilmente conseguirão sair desta situação.
Para os mercados financeiros locais, acho difícil que essa pesquisa altere a incerteza que predomina sobre o tema. Acredito que a partir de agora qualquer mudança mais relevante neste quadro, para o bem ou para o mau (na percepção dos investidores) passarão a ser mais relevantes para a dinâmica de preço.
Por ora, seguimos em um cenário de enorme incerteza em relação a este tema, o que não deveria alterar a postura mais cautelosa do mercado.

Síria – A operação militar dos EUA (e seus aliados) na Síria, até este momento, se mostrou um ataque pontual e preciso. Não houve uma reação militar ou diplomática mais dura ou agressiva por parte do exércitio sírio e, muito menos, pela Rússia.
Assim, por ora, parece que os EUA conseguiram atingir de maneira vitoriosa seu objetivo de enfraquecer o poderia bélico (e o arsenal químico) da Síria, sem gerar um problema diplomático mais grave.
Ainda é cedo para acreditar que a situação esteja de fato resolvida, mas para os mercados financeiros globais a situação, se permanecer neste ambiente, será vista como de baixo risco e, até mesmo, pode retirar um “risco de cauda” de curto-prazo.

Riscos – Continuo vendo dois grandes riscos concretos e com maior probabilidade do que o mercado embute neste estágio do ciclo. Primeiro, de uma aceleração mais rápida da inflação nos EUA e/ou a necessidade de um aperto de juros mais agressivo do que o precificado na curva atualmente.
Segundo, vejo sinais um pouco mais preocupantes de desaceleração na China. Não vejo um ambiente de elevada desaceleração, mas talvez uma tolerância maior por parte deste governo, com o poder mais consolidado, de um menor crescimento no curto-prazo visando medidas estruturais para desalavancar a economia e evitar bolhas em setores específicos da economia.

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