Final de semana sem novidades

O final de semana trouxe poucas novidades do ponto de vista econômico.

No Brasil, a mídia continua repercutindo a escolha da nova equipe econômica para o segundo mandato de Dilma. Economistas, ortodoxos e oposicionistas, estão aplaudindo as escolhas, especialmente a de Joaquim Levy. Alguns, inclusive, comparam a sua escolha a “Carta aos Brasileiros” divulgada por Lula nas eleições de 2002. A despeito do otimismo, o ponto de partida, atual parece muito diferente daquele encontrado a mais de uma década atrás, em especial do ponto de vista externo. A China já cresce estruturalmente menos do que no passado, os EUA passam por um processo de normalização monetária e o mundo desenvolvido (Japão e Europa) encontra-se incapacitado em apresentar-se como um importante motor ao crescimento global. Neste ambiente, como tenho frisado neste fórum nas últimas semanas, a escolha das classes de ativos para se posicionar na direção de eventuais melhoras de fundamentos locais será cada vez mais relevante. Neste ambiente, o famoso “Kit Brasil” talvez não tenha desempenho uniforme como no passado.

No cenário externo, a rápida e acentuada queda no preço das commodities continua sendo o destaque. Com uma oferta aparentemente inelástica no curto-prazo, como no caso do Petróleo e do Minério de Ferro, o ponto de equilíbrio de preços talvez seja mais baixo do que os atuais. Assim, as tendências recentes podem ainda perdurar por algum tempo. O que poderia alterar está dinâmica? No meu ponto de vista, movimentos pontuais de realização e/ou ajustes de posições podem ser vetores capazes de frear momentaneamente este processo. Uma postura mais agressiva por parte dos policy makers na China também pode ser um pilar temporário de sustentação às commodities.

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