Alta no preço da gasolina

A noite foi marcada por uma vitória dos Republicanos nas “mid-term elections” nos EUA. A agenda do dia será relevante, com o ADP Employment sendo o último e principal indicador antecedente para o Payroll na sexta-feira. Os ativos de risco, após uma breve acomodação ontem, voltaram a apresentar um claro movimento de USD forte, bolsas em alta, commodities sobre pressão e bonds relativamente estáveis nos países desenvolvidos.

Continuo vendo um mercado relativamente saudável, onde a postura do ECB, BoJ e PBoC serão determinantes no processo de normalização monetária promovido pelo Fed. A atuação destes bancos centrais pode ser um pilar importante de sustentação dos mercados ao longo do processo que vem sendo promovido pelo Fed. Ainda vejo o USD como o principal beneficiário deste processo. Contudo, vejo uma piora visível e preocupante do técnico desta classe de ativo ao redor do mundo, o que demanda alguma cautela de curto-prazo. Realizações/acomodações pontuais podem vir a ocorrer nos próximos dias, mas vejo este processo como natural do ciclo econômico. O cenário para as bolsas e bonds ao redor do mundo será mais afetado por questões e fundamentos locais, enquanto as commodities podem acabar passando por um processo mais prolongado de ajuste baixista, com o menor crescimento chinês e com a retirada de liquidez do mercado pelo Fed afetando negativamente este mercado.


Brasil – Todos os jornais de hoje dão como certa uma alta de cerca de 5% no preço da gasolina até o final deste mês. Além disso, a mídia continua especulando sobre o nome do provável novo ministro da fazenda. Pelas últimas indicações, Nelson Barbosa e Henrique Meireles ainda estão no pareô. Segundo o Coreio Brasiliense, ambos só aceitariam o cargo caso tenham independência para promover as reformas necessárias ao país. Na impossibilidade de Trabuco, continuo vendo Meireles como o melhor nome para este posto. Barbosa pode até ter boas intenções, mas é visto como excessivamente próximo a Dilma e as política heterodoxas adotadas nos últimos anos. O mercado pode até dar o benefício da dúvida em um primeiro momento, mas os ajustes necessários são tão grandes que a “lua de mel” pode acabar durando pouco. De qualquer maneira, confirmada uma alta no preço da gasolina, após uma alta na taxa Selic efetuada pelo BCB, e caso se confirme um nome de respeito e independência na Fazenda, serão sinais inequivocamente positivos deste novo governo Dilma.

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