Fed & Eleições.


Como eu suspeitava, ou temia, hoje pela manhã, (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/09/a-espera-do-fed.html) a decisão do FOMC, seu comunicado e suas previsões de crescimento, inflação e taxa de juros foram rigorosamente em linha com as expectativas, mas o mercado acabou tendo uma leitura de que o Fed foi mais “dovish”, pelo simples fato de ter retirado a menção as condições monetárias acomodatícias, o que era esperado por muitos analistas, como comentei hoje cedo.

Não vejo motivos para alterar as expectativas em torno do processo de normalização monetária nos EUA e nem mesmo o pano de fundo ainda desafiador para a economia mundial e os mercados financeiros globais. Ainda vejo a economia dos EUA em estágio avançado do ciclo econômico, com hiato do produto fechado, no pleno emprego e com acumulo gritante de pressões inflacionárias.

Na minha visão, alguns fluxos de final de mês e trimestre, alguns rebalanceamentos de carteiras, aliados a percepção de preços e valuations mais atrativos em algumas classes de ativos, além de uma posição técnica mais “leve”, estão ajudando o mercado no movimento mais positivo (em especial no tocante aos ativos emergentes).

No Brasil, as pesquisas de intenção de voto para as eleições continuam mostrando a consolidação de Bolsonaro na liderança e de Haddad em segundo lugar. A disputa de segundo turno mostra um cenário de extrema competitividade e incerteza.

Não acredito que a melhora dos ativos locais esteja diretamente, ou integralmente, ligada ao cenário político, mas ao que tenho visto em termos de fluxo para as economias emergentes (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/09/brasil-dicotomia-entre-incerteza-do.html).

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