Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2014

Final de semana sem novidades

O final de semana trouxe poucas novidades do ponto de vista econômico. No  Brasil , a mídia continua repercutindo a escolha da nova equipe econômica para o segundo mandato de Dilma. Economistas, ortodoxos e oposicionistas, estão aplaudindo as escolhas, especialmente a de Joaquim Levy. Alguns, inclusive, comparam a sua escolha a “Carta aos Brasileiros” divulgada por Lula nas eleições de 2002. A despeito do otimismo, o ponto de partida, atual parece muito diferente daquele encontrado a mais de uma década atrás, em especial do ponto de vista externo. A China já cresce estruturalmente menos do que no passado, os EUA passam por um processo de normalização monetária e o mundo desenvolvido (Japão e Europa) encontra-se incapacitado em apresentar-se como um importante motor ao crescimento global.  Neste ambiente, como tenho frisado neste fórum nas últimas semanas, a escolha das classes de ativos para se posicionar na direção de eventuais melhoras de fundamentos locais será cada vez mais re

Cenário Global

O grande destaque da semana, encurtada pelo feriado de Thanksgiving nos EUA, ficou por conta da forte queda no preço do Petróleo , após a decisão da OPEP de não reduzir suas cotas de produção. A queda acabou liderando um movimento mais amplo de pressão no preço de todo o complexo de commodities, mas especialmente as commodities metálicas. A despeito de movimentos menos acentuados nas demais classes de ativos, a queda no preço das commodities não passou despercebida pelos demais mercados globais. Por hora, os investidores estão lendo a queda no Petróleo como um “corte de impostos” para o consumidor, o que tem dado suporte aos mercados de ações ao redor do mundo, mas, especialmente, nos EUA e Europa. Contudo, a aparente resiliência das bolsas globais encoberta alguns movimentos micro relevantes que estão acontecendo dentro dos principais índices de bolsa ao redor do mundo. No caso dos EUA e Europa, os setores ligados a commodities estão sobre forte pressão, com os setores ligados a

China e Japão

A despeito de um bom desempenho das bolsas na Ásia, mais uma vez lideradas pelas bolsas na China, os ativos de risco estão abrindo a manhã com as mesmas tendências verificadas ontem, ou seja, leve queda das bolsas na Europa, commodities sobre pressão, USD mais forte ao redor do mundo e fechamento de taxa dos bonds nos países desenvolvidos. O destaque da agenda ficará por conta do CPI na Europa. No Brasil, teremos o PIB do 3Q e os dados fiscais de outubro como os principais eventos do dia. Brasil –  Os jornais de hoje estão repercutindo positivamente a nomeação da equipe econômica do segundo mandato de Dilma, assim como as primeiras sinalizações de um agenda de ajustes ortodoxos que pretendem ser implementados ao longo dos próximos anos. China – Os   rumores nos mercados locais hoje eram de que o PBoC poderia anunciar um corte de compulsório (RRR) ainda hoje, no fechamento dos mercados chineses. Após uma inesperada queda de juros na semana passada, não podemos descartar qu

Petróleo, Juros Globais e Equipe Econômica

O dia foi marcado pela intensificação da queda no preço do Petróleo, após a OPEP anunciar que não pretende cortar sua produção nos próximos meses. A queda acabou deixando as demais commodities sobre pressão ao longo do dia, afetando outras classes de ativos ligadas ao mesmo setor (no Brasil, o mais claro foi a queda da Petrobrás). Com feriado nos EUA, o mercado de moedas não mostrou grandes movimentações. As bolsas da Europa seguiram tendência de alta, com os bonds da região fortemente “bidados” na expectativa de novas medidas de estímulo por parte do ECB na semana que vem. Amanhã, a agenda nos reservar PIB no Brasil e dados fiscais, enquanto no cenário externo o destaque ficará por conta do CPI na Europa. Brasil - Joaquim Levy deu declarações extremamente ortodoxas para o programa fiscal que pretendem implementar nos próximos anos. O ajuste deve ser gradual, com o ano de 2015 ainda comprometido (falou em superávit primário de 1,2% do PIB segundo conceito utilizado pelo BCB),

Brasil: Nova Equipe Econômica

Joaquim Levy deu declarações extremamente ortodoxas para o programa fiscal que pretendem implementar nos próximos anos. O ajuste deve ser gradual, com o ano de 2015 ainda comprometido (falou em superávit primário de 1,2% do PIB segundo conceito utilizado pelo BCB), mas com os anos de 2016 e 2017 já aptos a atingirem os objetivos de longo-prazo de estabilização e declínio da dívida/PIB (com superávit primário de, pelo menos, 2% do PIB). O mercado parece disposto a dar o benefício da dúvida a está nova equipe, especialmente nos atuais patamares de preço dos ativos locais. Reitero que o cenário para o BRL irá depender do ambiento global para o USD, e do que o BCB pretende fazer com os swaps cambiais. A bolsa não pode ser olhada como um play macro Brasil, já que o setor de commodities tem peso relevante no índice. Assim, a análise micro deverá ter importância relevante na montagem de qualquer portfolio. Finalmente, a curva de juros, especialmente os vértices mais longos, m

Petróleo

Como era de se esperar, em dia de feriado nos EUA, os ativos de risco operam com pouco liquidez e sem movimentações relevantes. Destaque apenas para mais um dia de forte queda no preço do Petróleo , que recua quase 2% esta manhã, atingindo $72, o menor patamar deste ciclo econômico. As bolsas da Ásia tiveram um dia de desempenho misto, com destaque positivo para a continuidade do processo de alta nas bolsas da China, muito ajudadas pela recentes medidas de conexão à bolsa de Hong Kong. No Japão, as bolsas locais parecem passar por um período de consolidação e foram os destaques de queda essa noite. Na Europa , os dados divulgados essa manhã continuam apontando para um cenário de inflação cadente e crescimento fragilizado. Os CPI´s regionais da Alemanha apresentaram poucos sinais de recuperação em novembro, colocando mais um vetor negativo na função de reação do ECB. Na Área do Euro, o M3 ficou estável em 2,5% YoY, patamar baixo e sem sinal consistente de recuperação. No Brasi

Desaceleração da economia americana?

A quarta-feira trouxe uma sequencia de dados econômicos mais fracos nos EUA (detalhes abaixo), além de uma nova rodada de pressão sobre as commodities, lideradas pelo Petróleo, Minério de Ferro e Cobre. Além de um problema de sobre oferta (no caso do Petróleo, a OPEP parece não ter acordado um corte de produção), os sinais de menor crescimento estrutural da China parecem estar, gradualmente, sendo precificados nesta classe de ativos. Ainda acho que este será um prolongado e gradual. Não há motivo, pelo menos ainda, para pânico. Uma aceleração deste processo de queda no preço das commodities irá me deixar mais preocupado, já que terá efeitos negativos sobre outras classes de ativos. O Brasil, por ser um grande exportador de commodities, não ficará imune neste ambiente. Com um feriado nos EUA nos próximos dias, a liquidez dos mercados financeiros globais ficará prejudicada. Me atrevo a dizer que, movimentos rápidos e acentuados, caso ocorram, devam ser desconsiderados do ponto de vi

Dia de agenda cheia

Na ausência de novidades relevantes, os ativos de risco estão mantendo as tendências verificadas ontem. As commodities continuam sobre pressão, liderados pelo Petróleo e pelo Cobre. O USD opera em leve alta, enquanto as bolsas globais e os bonds dos países desenvolvidos apresentam-se estáveis durante esta manhã. Na véspera do feriado nos EUA, a agenda será agitada, com destaque para o Durable Goods Orders, Jobless Claims, Personal Income & Spending, Core PCE, Chicago PMI e New Home Sales. No Brasil, a agenda nos reserva os dados de crédito de outubro divulgados pelo BCB. Brasil –  Os jornais continuam colocando Joaquim Levy na Fazenda. O foco agora parece ter se voltado para a liberdade que a nova equipe terá para trabalhar, assim como para os detalhes do ajuste fiscal que será anunciado. Ao que tudo indica, existe disposição política para efetuar um ajuste crível e que traga o país de volta a uma trajetória de estabilização da dívida pública. O anuncio da equipe deve ser

China & Commodities

Os ativos de risco começam a mostrar sinais de acomodação as vésperas do feriado nos EUA. A liquidez deve se tornar mais escassa nos próximos dias, mantendo os ativos de risco a mercê de fluxos pontuais e ajustes de posições de final de mês. China - O que me chama mais a atenção, como comentei pela manhã, é a reação negativa das commodities e dos ativos que dependem da demanda chinesa (AUD e NZD, em especial) ao anuncio de queda de juros da China. Esta tendência se intensificou ao longo do dia de hoje, com o Petróleo, Cobre, AUD e NZD sobre forte pressão. Esta trajetória encaixa na nossa visão de que a China irá apresentar um crescimento estruturalmente mais baixo no longo-prazo. O menor crescimento que estamos verificando nos últimos anos não é cíclico, mas estrutural. Medidas pontuais e localizadas de suporte ao crescimento podem, e devem, ser colocadas em prática. O objetivo, contudo, é evitar uma espiral ainda mais negativa da economia. Dificilmente veremos uma aceleração rápi

Sem novidades relevantes

Os ativos de risco operam sem movimentos relevantes essa manhã. A despeito do bom desempenho das bolsas da China após o anuncio de corte de juros na semana passada, as commodities e os ativos que dependem da demanda Chinesa, como o AUD e NZD, não vem mostrando uma reação muito animadora. Hoje pela manhã, destaque para a forte queda do AUD e NZD. As bolsas e commodities operam em leve alta, com o mercado de bonds globais ainda bem sustentados. A agenda do dia será recheada, com revisão do PIB, S&P/CaseShiller e Consumer nos EUA. No Brasil a agenda será menos relevante. Brasil – Os jornais de hoje continuam repercutindo positivamente os nomes para a equipe econômica de Dilma. Raymundo Costa, do Valor, dá como certa a escolha e diz, inclusive, que Dilma tem o aval do PT para colocar Joaquim Levy na Fazenda. Japão – As Minutas do BoJ mostraram uma decisão bastante dividida para o incremento do QE no país. Europa – O PIB do 3Q na Alemanha foi confirmado com alta de 0.

Ministro da Fazenda

O final de semana foi de poucas novidades, o que está ajudando os ativos de risco a abrirem sem grandes movimentações durante esta manhã. A semana promete ser mais curta, devido ao feriado de Thanksgiving nos EUA. Assim, podemos ter a liquidez prejudicada. Brasil –  Os jornais continuam repercutindo a potencial nomeação de Joaquim Levy para o cargo de Ministro da Fazenda. A conclusão é de que seu nome trará uma grande colaboração nos ajustes econômicos necessários no país. Contudo, uma ala relevante do PT já se mostra contrária à escolha, e parece trabalhar com “fogo amigo” já dificultando o trabalho do potencial novo ministro. A Folha de hoje fala que Nelson Barbosa, potencial novo Ministro do Planejamento, já trabalha em cima de medidas de ajuste fiscal e monetário, que seriam anunciadas em breve. China –  A despeito da alta nas bolsas locais, em reação ao anuncio de corte de juros na sexta-feira, as commodities não sustentaram uma tendência de alta, assim como as moedas dos

Brasil, Europa e China

A sexta-feira, a despeito da agenda econômica esvaziada, foi agitada: Brasil – A mídia e o mercado dão como certo o nome de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Nelson Barbosa deve assumir o Planejamento e Tombini permanecer no BCB. Acredito que o mercado hoje já precifica cerca de 80% deste cenário. A confirmação destes nomes pode ajudar a dar sustentação aos mercados locais no curto-prazo e, até mesmo, estimular mais uma rodada de apreciação dos ativos brasileiros.   Acredito que o nome de Levy é positivo, traz idoneidade e independência a política econômica. O mercado deve dar algum benefício da dúvida a está equipe no primeiro momento. Contudo, sou extremamente cético que este triunvirato terá carta branca para agir. Acredito que ajustes virão, mas serão sempre o mínimo necessário para estabilizar a situação econômica do país. A alta de 3% no preço da Gasolina (onde foi feita “conta de chegada” para a evitar que a inflação rompa o teto da meta) e a inflação rodando cons

EUR

A sexta-feira será de agenda esvaziada no Brasil e no mundo, o que poderá deixar o mercado a mercê de fluxos pontuais e do cenário macro mais amplo. Nesta manhã, destaque para a queda do  EUR , após Mario Draghi, presidente do ECB, dar novas e agressivas declarações em torno da necessidade de medidas para evitar uma espiral deflacionária na Europa . No  Japão , surgem os primeiros sinais de desconforte do governo com a rápida e acentuada depreciação do JPY  ( Japan’s Finance Minister Taro Aso said the yen decline has been too fast in the past week and sudden currency changes "aren’t welcome, whether it’s up or down", Bloomberg reported.  Nonetheless, he added that “it’s up to the market to set the currency rate and it’s not something where we intervene,”). No  Brasil , os jornais continuam dando total enfoque para a escolha do Ministro da Fazenda. O nome de Trabuco, atual presidente do Bradesco, já parece descartado. O mesmo vale para Henrique Meirelles, ex presi

EUA: Core CPI e Jobless Claims

- O  Core CPI  apresentou alta de 0.2% MoM e 1.8% YoY, acima das expectativas de 0.1% MoM e 1.7% YoY. - O  Initial Jobless Claims  saiu de 293k para 291k, levemente acima das expectativas de 284k. Contudo, o  Continuing Claims  caiu de 2403k para 2330k, abaixo das expectativas de 2370k. Este número é um novo  low  para este ciclo econômico e o menor patamar desde inicio de 2006. Estes números confirmam uma economia americana robusta. O  slack  no mercado de trabalho continua sendo reduzido, enquanto os riscos deflacionários vão sendo dissipados ao longo do tempo. O Core CPI, em especial, deveria afastar o desconforto de alguns membros do Fed em torno da queda recente nas expectativas de inflação, mantendo seu plano de voo inalterado e o processo de normalização monetária em seu cronograma. Acredito que, confirmando este cenário, e passado um período pontual de acomodação dos mercados globais, poderemos ver o retorno das tendências que prevaleceram nas últimas semanas. Assi

PMI´s fracos na China e Europa

A despeito do feriado local, a agenda externa terá uma quinta-feira agitada. Já começamos o dia com PMI´s mais fracos na China e na Europa, que estão dando um tom mais negativo as bolsas mundiais essa manhã. Além disso, teremos pela frente uma agenda agitada nos EUA, com Core CPI e Jobless Claims em destaque. Brasil – As especulações em torno do nome de Trabuco para o Ministério da Fazenda continuam grandes. Os jornais de hoje afirmam que um convite já foi feito e que um encontro entre Dilma e Trabuco já estaria agendado. Caso sejam confirmadas as especulações, acredito que o governo irá ganhar um tempo precioso para efetuar os ajustes necessários na política econômica local. Trabuco é um nome que irá trazer respeito, independência e mudança ao “cartão de visita” deste segundo mandato de Dilma. Nos atuais preços dos ativos brasileiros, os investidores estariam dispostos a dar o beneficio da dúvida a alguém a atura do cargo, como seria o caso do nome de Trabuco. China – O HSBC

Ministro da Fazenda

Após uma noite de agenda esvaziada, os ativos de risco operam sem grandes movimentações. Chama a atenção a continuidade do movimento de queda no preço do Petróleo, assim como a pressão nas moedas de países exportadores de commodities, em especial, o AUD e o NZD. A agenda do dia será agitada, com IPCA-15 no Brasil e Minuta do FOMC nos EUA. Brasil – O Globo de hoje coloca Tombini como mais próximo do ministério da fazenda. Awazu seria seu substituto natural. O Valor repete o artigo de ontem, em que afirma que o nome de Trabuco, do Bradesco, ainda seria uma opção na mesa de Dilma. Em discurso ontem, Carlos Hamilton foi bastante duro e enfático em relação as intenções do BCB no tocante a política monetária, ou seja, o BCB ainda precisa estar “especialmente vigilante” no tocante a inflação, e não irá se furtar em “recalibrar” o tamanho do ajuste na taxa de juros caso do cenário prospectivo demande uma atuação mais agressiva por parte da autoridade monetária. A curva curta de juros já p

Europa

O ZEW, na Alemanha, um dos mais importantes indicadores de confiança de toda a Europa, apresentou alta acima das expectativas em novembro. O número de Current Situation passou de 3.2 para 3.3 ponto, acima das expectativas de 1.7. O indicador de Expectations saiu de -3.6 para 11.5 pontos, acima das expectativas de 0.5. O ZEW vinha apresentando sucessivas quedas nos últimos meses e se apresentava nos  lows  desde 2012. A alta em novembro é positiva e deveria afastar, em parte, o risco de uma nova rodada de desaceleração econômica global. Contudo, não altera significativamente o cenário macro local, ou seja, o crescimento da região segue baixo, porém relativamente estabilizado. Devido a posição técnica do mercado, podemos observar algum “ short squeeze ” pontual no EUR. O numero deveria ajudar a colocar algum piso nos  yields  globais e manter as bolsas relativamente bem sustentadas.

Consolidação

A noite foi de relativa tranquilidade e sem novidades relevantes. Os ativos de risco ainda aparentam passar por um período de consolidação, onde as tendências recentes foram de certa forma “desconfiguradas”, mas sem nenhum sinal concreto de alteração do cenário macro global. A posição técnica dos ativos de risco parece estar afetando a dinâmica dos mercados no curto-prazo. Contudo, passado este período, e confirmado o cenário que temos visto se desenvolver a alguns meses, poderemos voltar a observar as tendências recentes que temos comentado neste fórum. Continuo vendo o USD como o principal beneficiário global. Acredito que ainda estamos em um ciclo de baixa para o preço das commodities e um ambiente mais propício aos diferenciais micros do que posições macros no mercado de renda variável. No mercado global de taxa de juros, os fundamentos locais serão mais fundamentais do que grandes tendências globais. A despeito de mantido o cenário macro global, a posição técnica do merca

Japão

Uma forte surpresa negativa no PIB do 3Q do Japão, que apresentou queda de 0.4% QoQ, contra expectativas de alta de 0.5% QoQ, acabou dando um tom negativo para os ativos de risco durante a noite e, em especial, para as bolsas globais. A fraqueza do PIB japonês, o segundo trimestre consecutivo de queda no crescimento da economia, coloca a estratégia agressiva de Abe em xeque. Um ambiente ainda extremamente desafiador do ponto de vista econômico, com uma recessão técnica em sua frente, torna o cenário político no país ainda mais complicado, o que pode acabar afetando a estratégia do governo no tocante as políticas monetária e fiscal, impedindo a continuidade de uma estratégia agressiva que vem sendo adotada nos últimos 2 anos. A agenda do dia será agitada, com IPC-S, IGP-10 e IBc-Br no Brasil. Nos EUA, destaque para o Empire Manufacturing e Industrial Production.

Brasil

Os jornais do final de semana trouxeram informações ainda desencontradas sobre o potencial Ministro da Fazenda. Meirelles, Barbosa e Tombini ainda parecem no páreo. O Globo coloca Barbosa como favorito, inclusive por parte de Lula. O Correio Brasiliense diz que Meirelles estará em Brasília esta semana, enquanto o Broadcast disse na sexta-feira a tarde que o nome de Tombini ganhou força.  Ainda vejo o pendulo levemente a favor de Barbosa, mas os eventos da Operação Lava Jato podem acabar alterando este cenário.    (mais comentários sobre o tema no e-mail enviado anteriormente e reproduzido abaixo). No tocante ao ajuste fiscal, Mantega e Dilma declararam-se a favor de um ajuste, mas que não prejudique o consumo e o emprego. Como fazer um ajuste sério, viável e do tamanho necessário para ajustar as contas públicas do país, sem aumentar impostos, rever investimentos e desonerações ainda me parece um mistério. No Correio Brasiliense de sábado, uma matéria coloca o BCB em estado de alerta em

Cenário macro estável. Mercados em consolidação.

A semana passada não trouxe novidades para o cenário macro global. Muito pelo contrário, confirmou o ambiente que temos visto se desenvolver já há alguns meses, leia-se: Nos   EUA , a economia parece ganhar momento e se estabilizar em um ritmo de crescimento mais robusto, em torno de 3%-3.5%. Os indicadores de emprego confirmam uma dinâmica favorável e positiva. Contudo, ainda não há sinais claros de pressões inflacionárias. Assim, o Fed pode manter seu programa gradual e bem telegrafado de normalização monetária. Na   Europa , o crescimento e a inflação mostram-se estáveis, porém preocupantemente baixos. O ECB deve seguir uma política monetária mais frouxa por um longo período de tempo. Cenário semelhante estamos verificando no   Japão . Na   China , a economia ainda aparenta fragilidade e um crescimento estrutural mais baixo do que no passado, mas sem motivos para pânico. O governo deve adotar uma política fiscal e monetária mais frouxa para colocar um piso na economia,

Brasil: Operação Lava Jato

Os jornais de hoje estão dando total foco a nova fase da Operação “Lava Jato” da Polícia Federal, que ontem prendeu diretores e presidentes das principais construtoras e empreitas do país, além de possíveis lobistas e ex-diretores da Petrobras. A ação adiciona uma pitada a mais de complexidade para o cenário político local, que já vinha se mostrando extremamente desafiador para o novo mandato de Dilma Rousseff na presidência do país. Do ponto de vista político e econômico, desenha-se um cenário extremamente complexo, onde a governabilidade do país está claramente ameaçada. Acredito que, a luz dos mercados financeiros locais, existe duas maneiras de lermos este novo vetor: Cenário 1 – A situação econômica do país é desoladora. Adicionado a um potencial “ingovernabilidade” do país, temos uma “tempestade perfeita” para os ativos locais. A economia não terá condições de crescimento, a inflação alta dificilmente recuará, e o financiamento externo para o país se tornará escasso.