Para onde estamos indo?
Devido a velocidade com que os
eventos estão ocorrendo, tenho feito atualizações de maneira mais frequente neste
fórum a seguir:
Minha visão sobre o mundo, nos
últimos dias, foi apenas ratificada pelos eventos recentes. Continuo
extremamente negativo com o cenário econômico global. Vejo o mundo em um
estágio avançado do ciclo econômico – quiçá um estágio final – em um pano de
fundo de política monetária menos potente.
A Guerra Comercial apenas acelera
e acentuada este cenário.
Na sexta-feira, Powell trouxe
poucas novidades ao cenário, a despeito de levemente mais “dovish” (comentei
mais a fundo aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/).
O destaque ficou por conta das
medidas adicionais anunciadas por China e EUA. Vejo este evento como bastante
negativo para os mercados, dado todo o contexto que já comentei acima.
Em Hong Kong, o sábado foi de
novas e agressivas manifestações.
No Brasil, não entrarei no mérito
das discussões relativas a Amazônia, pois em nada entendo do assunto.
Em termos relacionados ao mercado,
o Brasil está inserido e um contexto internacional mais desafiador e devemos
continuar a mercê dos eventos externos.
Os ruídos políticos locais apenas
pioraram o humor local.
Importante observar a total
ausência de fluxo para a moeda local, que voltou a romper a barreira de 4.10. O
BCB segue atuando de maneira a suavizar o fluxo e controlar o coupon cambial,
mas tem tido um trabalho árduo neste frente.
A despeito de meu otimismo estrutural com o Brasil, não adicionaria
posições neste momento. Aguardaria algum sinal de melhora do cenário externo,
mesmo que isso “custe” uma parcela de uma eventual recuperação dos mercados.
Sigo gostando de proteções externas, tais como Puts de S&P e HYG,
Ouro e Duration nos EUA (Treasury). Uma posição um pouco menos óbvia neste
cenário, mas que pode ser um “segundo ou terceiro dominó” a cair é o LQD, ETF
de Bonds Investment Grade nos EUA. Volatilidade implícita ainda bastante baixa.
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