Mais uma
semana de fluxo de saída de ativos emergentes. Ajuda bastante a explicar os
movimentos no câmbio e na bolsa do Brasil, na linha do que tenho comentado
sobre o “efeito contágio” da Argentina:
Em maios escrevi sobre a dinâmica mais positiva do Brasil, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2023/05/daily-news-brasil-para-o-alto-e-avante.html . Descrevi como via a expectativas de queda nas taxas de juros como o principal vetor de suporte aos ativos locais, aqui: https://www.linkedin.com/posts/dan-kawa-78361130_dan-kawa-on-twitter-activity-7067616315540221952-Po-t?utm_source=share&utm_medium=member_desktop . O que observamos ontem (e ao longo dos últimos dias) é apenas a continuidade destes movimentos: Um pano de fundo de inflação mais branda, sinais mais positivos de crescimento, redução do risco de cauda fiscal. Isso tem levado a uma forte queda das taxas de juros futuras e dado enorme suporte a bolsa do país, com destaque para as ações domésticas e cíclicas locais. Para aqueles que gostam da tese do Ouro como composição de portfólio no ambiente atual, a China segue aumentando suas reservas de forma consistente nos últimos me...
By Dan Kawa Enquanto a mídia e os economistas ainda não apresentam consenso em relação ao Arcabouço Fiscal e as críticas ao programa se acumulam (não é o intuito deste texto falar sobre este tema), o mercado de juros futuros no Brasil apresentou forte ancoragem, desde dezembro de 22, com movimento mais acentuado de fechamento de taxas de março até hoje. Os juros prefixados para janeiro de 2025, que são muito correlacionados com a política monetária de curto-prazo, chegaram a bater 14% e hoje opera abaixo de 12%. Um corte relevante de juros, se iniciando no segundo semestre deste ano, já está precificado na curva de juros local: As condições de contorno para este movimento são: (1) evidente desaceleração da economia; (2) sinais de restrição do mercado de crédito; (3) melhora na perspectiva de inflação corrente; (4) um arcabouço fiscal que, se está longe de ser perfeito ou a solução de longo-prazo, retira alguns “riscos de cauda” do caminho. Obviamente, como em...
Os ativos de risco parecem estar passando por mais um momento de “bear market rally”, que juntou uma posição técnica muito pessimista e a solução (mesmo que de curto-prazo e não estrutural) dos problemas bancários nos EUA e na Europa, e acabou levando a uma rápida e acentuada recuperação das bolsas, em especial, nos EUA. A despeito de eu manter uma visão ainda cautelosa, há sinais de mercado que precisam ser monitorados e, de forma alguma, podem ser ignorados. Primeiro, a enorme dificuldade em queda adicionais das bolsas globais. Segundo, sinais de que podemos estar em um importante ponto de inflexão para a política monetária. Terceiro, mesmo que eu espere uma recessão em algum momento dos próximos 6 a 12 meses, isso ainda é uma expectativa longínqua, que não aparece nos dados econômicos. Nos EUA, o Fed divulgará sua decisão de política monetária. Espero alta de 25bps, com um discurso mais aberto e flexível em relação aos caminhos futuros. Powell e Cia. ...
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