Daily News – Argentina: Terror, Pânico e, provavelmente, Default. Hong Kong também assusta os mercados.
O final de semana tinha sido tranquilo até acordarmos
para a realidade que se impõe está segunda-feira.
Em mais um resultado de eleição totalmente inesperado,
Macri perdeu por cerca de 15pts as eleições PASO na Argentina para seu
maior rival Alberto Fernandez, aliado de Cristina Kirchner.
As pesquisas antes das eleições davam um empate
técnico. O PASO é uma espécie de eleição regional que muitos veem como o melhor
e último termômetro real antes das eleições presidenciais de outubro.
O resultado de ontem coloca praticamente Fernandez
como novo presidente argentino.
Uma economia em forte recessão, com inflação elevada,
sem reservas internacionais, com uma dívida externa elevada e um pacote junto
ao FMI já em andamento, aliada a recentes medidas de congelamento de preço.
Está dada uma receita para a catástrofe econômica.
Já seria difícil endereçar os problemas argentinos
com um candidato liberal e/ou de moderado. Com um candidato aliado àqueles que
colocaram o país nesta rota, o mercado terá a leitura de que um default será inevitável.
Para o Brasil, as consequências são negativas, dado a
importância do país para o crescimento de alguns setores da economia, como
partes importantes da indústria.
Para piorar o humor global a risco, a situação em Hong
Kong parece sair do controle, com uma nova rodada de protestos e o fechamento
do aeroporto do “país”. Este evento levou a uma nova rodada de deterioração dos
ativos de risco.
Comentei sobre esta possibilidade no final de semana
(aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1160537240910618624).
A China parece bastante
incomodada com este desdobramento e pode “invadir” o país a qualquer momento
para apoiar o governo
Ainda na China, os indicadores de
agregados monetários e crédito de julho ficaram abaixo das expectativas, mostrando
que não houve um esforço maior do governo para reanimar a economia.
A trégua na Guerra Comercial no
período pode explicar a postura, ou um entendimento que mais alavancagem irá
apenas piorar a situação no longo-prazo. Terá o país chegado em um ponto de
inflexão?
- China July New Yuan Loans 1,060 Bln Yuan
(Reuters Poll 1,250 Bln Yuan). China End-July Yuan Lending +12.6 % Y/Y (Reuters
Poll +12.8%)
Na Itália a crise política
se alastra e o partido que lidera as pesquisas sinaliza para uma plataforma de
aumento do déficit com cortes de impostos. Para uma economia sem crescimento,
sem inflação e com 130% de dívida/PIB é a receita para o caos econômico.
Na Coréia do Sul, um
importante termómetro de crescimento global, as exportações dos 10 primeiro
dias do mês são pouco animadores, com queda de 17,2% YoY, caindo dos -14% do
mês anterior.
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