Daily News – Incerteza global chega ao Brasil.
Os ativos de risco estão abrindo próximos
a estabilidade, após leve viés negativo ao longo da noite.
Como comentei ontem, não vejo
melhor no cenário externo. Muito pelo contrário, acredito que estamos no ponto
mais crítico e negativo deste ciclo econômico. Apenas uma mudança estrutural
será capaz de alterar essa minha visão.
No Brasil, a segunda-feira
foi de “terror e pânico” nos mercados. Vejo algumas explicações retroalimentáveis
que possam ter afetado o mercado:
- Rumores de alguma acusação a algum membro do
governo, informação disseminada pelo próprio Presidente Bolsonaro.
- Rodrigo Maia com risco de ser indiciado pelo MPF
após relatório da PF.
-Vazamentos envolvendo um dos maiores bancos privados
do país que levaram suas ações a queda de quase 30%. As acusações foram
veementemente negados pelo próprio em conferência no final da tarde.
- Cenário internacional ainda bastante incerto.
- Rumores de vendas de ações por parte de
estrangeiros e pessoas física.
A despeito da volatilidade, vejo a
bolsa local como “barata” nos atuais níveis vis-à-vis a taxa de juros e o
cenário prospectivo, mas entendo que teremos volatilidade e incerteza ao longo
do caminho.
É importante entender o horizonte
de investimentos de cada um antes de utilizar o momento atual como uma
oportunidade de alocação no mercado.
O Valor de hoje traz matéria sobre
medidas adicionais de estímulo ao crescimento econômico: https://www.valor.com.br/brasil/6408273/pacote-desonera-folha-para-elevar-emprego.
No cenário internacional, o
mercado já opera em um tom elevado de “medo” (Fear) o que pode estar explicando
a dificuldade em novas rodadas de depreciação do preço dos ativos de risco:
Interessante notar como os indicadores
de “valution” da bolsa dos EUA segue “esticados”, ou seja, mostrando um mercado
relativamente “caro”:
Trouble
with looking at measures like PEs is that it’s EPS itself which is the problem.
As Danielle rightly notes, excluding the impact of buybacks, there’s been no
rise in profitability. EBITDA has gone nowhere relative to sales last 5yrs even
as EPS has soared (see chart).
Finalmente, com os dados de
Durable Goods Orders de julho divulgados nos EUA ontem, acumulam-se sinais de
desaceleração da economia dos EUA.
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