Daily News – Respiro...


Os ativos de risco estão apresentando recuperação essa manhã, após a China promover o “fixing” de sua moeda ao redor de 7, não deixando com que a moeda ficasse no patamar acima de 7,10 que o preço spot de mercado estava operando.

Isso sinaliza para uma postura um pouco mais moderada na Guerra Comercial, que acabou virando uma Guerra Cambial.


Antes disso acontecer, os EUA anunciaram que a China estava sendo classificada como “Manipuladora de Moeda” o que no curto-prazo tem poucos efeitos práticos, mas é uma mudança importante de postura que pode vir a ter impactos relevantes no longo-prazo.

Acredito que a Guerra Comercial será o foco total e absoluto do mercado no curto-prazo. Nos últimos dias, vimos um aperto das condições financeiras que tornará praticamente impossível que a economia global melhore por suas próprias pernas. O mercado já precifica medidas adicionas de afrouxamento monetário pelos principais bancos centrais do mundo.


Assim, só resta uma possível resolução da Guerra Comercial para ser capaz de trazer algum alívio nas condições financeiras e, consequentemente, algum suporte para o crescimento e para a os mercados globais.

Eu não acredito que esta postura da China com relação ao “fixing” será suficiente ou estrutural. Entendo que o mercado tenha ficado excessivamente negativo no curto-prazo (vide gráfico do Morgan Stanley abaixo). Inclusive, comentei isso ontem (aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1158456626472468480). Contudo, espero um período de maior volatilidade até que uma solução mais estrutural seja encontrada.


A posição técnica do mercado ainda não está totalmente saudável, o que pode requerer alguns dias ou semanas para o mercado digerir a nova realidade global:


No Brasil, não há novidades relevantes. O Congresso retorna de seu recesso com a Reforma da Previdência para ser aprovada em segundo turno na Câmara. A Reforma Tributária deverá entrar na pauta de maneira mais incisiva.

Os ativos do país continuarão a mercê do cenário internacional. Uma diferenciação só será possível ao longo do tempo. No curto-prazo, o mercado costuma colocar todos no mesmo barco.

Fontes: Morgan Stanley / JPMorgan / Bloomberg


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