Ruídos externo e aprovação da PEC no Brasil.

Os ativos de risco estão com leve viés negativo essa manhã, com os mercados sendo obrigados a digerir alguns ruídos pontuais. Na África do Sul, o ZAR apresenta depreciação de 3%, com rumores de que o Ministro das Finanças foi intimado a depor na justiça. Há suspeitas de que ele poderia ser preso. Na Coréia do Sul, a Samsung está operando sobre forte pressão, com os problemas no novo aparelho de celular S7 levando a um congelamento de suas vendas na maioria das distribuidoras norte americanas.

De maneira geral, estes problemas são pontuais e localizados. Dado o nível de preços de algumas classes de ativos, não podemos descartar que estes ruídos afetem a dinâmica dos ativos de risco no curto-prazo. Contudo, por ora, não vejo motivos para que eles, sozinhos, alterem o cenário econômico global.

No Brasil, como era amplamente esperado, a PEC do Teto dos Gastos foi aprovada com 366 votos a favor, apenas 1 voto a menos do que o impeachment. A medida agora precisará ser aprovada em segunda instância no plenário, mas tudo indica que o calendário proposto pelo governo será respeitado.

A votação mostra uma base de apoio sólida para o governo, além de uma excelente capacidade de articulação política de Temer e Cia. Não apenas pela expressiva votação, mas também pela capacidade de cumprir um calendário que parecia extremamente apertado, com uma aprovação em uma segunda-feira, de uma semana com feriado na quarta-feira.

Aprovada a PEC, espero que o governo volte seu foco para a Reforma da Previdência, um tema muito mais espinhoso e delicado. Acredito que esta reforma será debatida de forma intensa, mas sua aprovação será um passo gigantesco na direção de um ajuste de longo-prazo para o país.

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