Fed, Juros EUA, CNY e BRL.

A semana teve início sem grandes alterações de cenário. No âmbito externo, destaque para a recuperação dos números preliminares dos PMIs na Europa e nos EUA. Este último, subiu de 51,5 para 53,2 pontos, acima das expectativas de 51,5.

Os números de hoje confirmam uma leve recuperação do crescimento do mundo desenvolvido, reforçando o cenário de um crescimento global baixo, porém estável, com flutuações em torno da tendência.

No Brasil, destaque para mais uma rodada de revisões baixistas para as expectativas de inflação na pesquisa Focus, divulgada pelo BCB. As revisões ajudaram a dar um tom positivo ao mercado local de juros. O câmbio, destaque positivo para o BRL, com os esperados fluxos da Repatriação ajudando um movimento de desempenho relativo e absoluto positivos da moeda brasileira.

Seguem alguns destaques do dia:

(BN) *EVANS: MAY NEED TO UNDERSHOOT UNEMPLOYMENT, OVERSHOOT INFL ATION

Se esta visão ganhar corpo no Fed, seria um cenário claro de steepening da curva de juros nos EUA. Este cenário tem ganhado atenção dos investidores nas últimas semanas. Acredito que a velocidade do movimento que irá ser primordial para o desempenho dos ativos de EM e Brasil. Se for um movimento de bear steepening, rápido e acentuado, seria negativo para EM. Caso seja um bull steepening, os ativos EM poderiam digerir bem. Acredito que, enquanto não observarmos sinais claros de inflação, o cenário seguirá construtivo para essas classes de ativos. O próximo evento é o dado de emprego de outubro nos EUA, daqui a 2 sextas feiras.

(BN) *CHINA'S OFFSHORE YUAN FALLS TO WEAKEST LEVEL ON RECORD

Ainda vejo espaço para a manutenção de uma tendência de depreciação das moedas asiáticas. Eventualmente, teremos períodos de maior preocupação em relação a China e seus pares, mas o cenário central me parece ser de ajustes graduais da economia, em direção a um menor crescimento estrutural, e a uma moeda mais depreciada.

Volatilidade do mercado de moedas atingindo os pisos recentes. O curto-prazo ainda enseja um cenário de relativa tranquilidade, mas os níveis, e alguns riscos (eleições nos EUA, China e etc) sinalizam para a não sustentabilidade desses níveis de volatilidade até o final do ano.


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