No News is Good news!
A semana teve início
sem grandes mudanças no cenário econômico global.
No Brasil, o dia foi de
nova rodada de apreciação dos ativos locais, com bom desempenho do BRL, do
Ibovespa e da parte longa da curva de juros nominais. A parte curta da curva
ficou mais pressionada, com o artigo de Claudia Safatle no Valor levando o mercado a reduzir a probabilidade implícita
de queda de 50bps na próxima reunião do Copom.
No cenário externo, o
dia foi de bom desempenho das bolsas ao redor do mundo, com a redução do risco
de Trump ser eleito presidente dos EUA. As taxas de juros no mundo desenvolvido
apresentaram abertura de taxas, com as commodities em alta e o dólar apresentando
movimentos mistos ao redor do mundo.
Voltando as reuniões do
FMI, o DB afirma que os investidores estão cautelosamente otimistas, mas ainda
há espaço para aumento de alocações nos mercados emergentes:
- We
found investors overall constructive - even if cautious - and testing
their convictions for what could be another wave of allocations into EM
- but only if US/European elections and Fed/ECB policies stay the course.
The exhaustion of the over-reliance on monetary policy, and
alternatives--fiscal and structural--were recurrent themes. However, some
investors seemed more concerned about missing another possible rally than
waiting for clarity from policy-makers.
- DM-EM
growth differential is at the lowest since GFC (market exchange rates) mostly due downward
revisions in DM and stabilization in EM-commodity exporters, albeit few
investors bought into OPEC's ability to boost oil prices further. EM
commodity importers appear more resilient as a group. In DM, most
frequently-asked question: where are we in the US growth cycle?
- Our
perception is that overall positioning is not heavy. It is
certainly more advanced in credit - but in our view still roughly half-way
from the extremes of the past 8 years. Local positioning seems a lot
lighter but also most exposed to these lingering uncertainties - from
politics to policies.
No Brasil, a PEC do
Teto dos Gastos está avançando no plenário da câmara. O número de votos a favor
da proposta será um bom medidor do apoio do governo na casa, e um indicativo
importante para a potencial Reforma da Previdência. Há sinais de que o pipeline para emissões de ações, dívida
local e externa esteja se acumulando, em um indicativo de otimismo com relação
ao país.
No curto-prazo, vejo os
mesmos riscos dos últimos dias, mas todos com probabilidades cadentes, pelo
menos no curto-prazo: Eleição de Trump, desaceleração desordenada na China e
abertura (rápida e acentuada) das taxas de juros no mundo desenvolvido. Até vejo
um cenário de nova rodada de desaceleração da China e um movimento gradual e
prolongado de abertura de taxas de juros no mundo desenvolvido. Todavia,
enquanto estes movimentos forem ordenados, as tendências globais recentes devem
permanecer inalteradas.
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