Update
Os ativos de risco, na ausência de mudanças significativas de
cenário, local e/ou externo, tem mostrado uma dinâmica bastante técnica.
No Brasil, o mercado de juros mostra certa fragilidade, com um
quadro técnico já menos favorável há alguns dias. Contudo, após uma abertura
entre 40 e 70bps dos lows recentes de
taxa, continuo com viés aplicador na parte intermediária da curva nominal de
juros. Acredito que existem fundamentos econômicos que justificam taxas de
juros mais baixas em um cenário de 1 a 3 anos, independente do processo de
impeachment. Tenho plena consciência que caso o impeachment não venha a
ocorrer, poderemos ter um cenário de dólar mais elevado, o que pode vir a
afetar a curva de juros negativamente. Por isso, e por questões estruturais e externas,
julgo ser prudente manter posições compradas em dólar como hedge para a posição
de juros.
O mercado, nos últimos dias, vem em um processo de (re) acessar
a probabilidade de mudança política no país, o que tem afetado o preço dos
ativos locais de forma negativa. Acredito que uma decisão final só será
concretizada no dia da votação, o que poderá manter os mercados locais voláteis
e sem tendências definidas no curto-prazo. Nos atuais níveis, taticamente, sou
comprador de RV e aplicador de juros, mantendo uma posição comprada em dólar
como hedge.
Nos EUA, as Minutas do FOMC mostraram o que já tinha ficado
evidente nos últimos discursos de membros da instituição, ou seja, existe hoje
uma divisão grande dentro do comitê de como deve ser conduzido o processo de
normalização monetária. Todos desejam um processo lento, gradual e bem
comunicado, mas alguns são favoráveis a altas de juros no curto-prazo, em
detrimento ao desejo do “núcleo central” do FOMC, capitaneado por Yellen (e
provavelmente apoiado por Dudley e Fisher).
O dia foi de forte alta do petróleo, movimento acentuado após a
divulgação dos estoques semanais. O movimento acabou dando suporte aos ativos
de risco ao redor do mundo.
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