China: Estabilização do Crescimento.
A sexta-feira foi de agenda agitada na Ásia, com importantes
sinais para os ativos de risco.
Na China, o PMI
Manufacturing de março saiu de 49,0 para 50,2 pontos, acima das expectativas de
49,4 pontos. O PMI Non-Manufacturing passou de 52,7 para 53,8 pontos. A
abertura dos números mostrou uma estabilização nos principais indicadores de
crescimento do país. O PMI é o primeiro, e talvez o mais relevante sinal de que
o crescimento econômico chinês mostra sinais mais claros de estabilização.
Ainda me parece cedo para “cantar vitória” em torno do cenário econômico do
país, ainda extremamente desafiador, mas os números de hoje, sem dúvida alguma,
reduzem os riscos de curto-prazo para a economia mundial. Por outro lado, uma
estabilização do cenário econômico global deveria dar maior tranquilidade ao
Fed em seu processo de normalização monetária. Assim, os dados de emprego de
março, nos EUA, a serem divulgados
hoje, ganham atenção redobrada.
No Japão, o Takan –
o principal indicador de confiança do país – acabou ficando abaixo das
expectativas do primeiro trimestre do no, o que acarretou em uma forte queda do
Nikkei e pressão de apreciação do JPY. O país continua mostrando sinais
preocupantes de baixo crescimento, sem que o BoJ e/ou o governo sejam capazes
de combater este cenário.
No Brasil, os
jornais de hoje continuam comentando a estratégia do governo em negociar com
sua base em uma tentativa de evitar o impeachment. Ontem, observamos
manifestações em todo o país em favor do atual governo, o que pode ajudar,
mesmo que temporariamente, uma leve perda de momentum no processo de impeachment. Ainda vejo o afastamento de
Dilma como o cenário central, mas tenho convicção que o caminho será tortuoso
até lá.
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