China/Ásia de volta ao foco.

Os ativos de risco estão iniciando a semana em tom mais negativo, com as bolsas globais operando sobre pressão baixista, o dólar forte contra as moedas emergentes (porém mais fraco contra G3) e com um movimento de queda nas commodities. Não há um motivo específico para estes movimentos. Porém, um misto de posição técnica menos construtiva, e novos sinais de stress nos mercados da China/Ásia, podem ser dois argumentos relevantes nesse processo.

Em relação à posição técnica, vale destacar a posição no mercado de FX divulgada pela IMM na sexta-feira, nos EUA. Pela primeira vez em vários ano, o mercado já encontra-se vendido em dólar. A semana passada foi novamente marcada pela adição de posições nesta direção (ou na redução das posições compradas em dólar, no caso de alguns pares).

No tocante a Ásia/China, a segunda-feira foi de nova alta nas taxas de juros da China. Como tenho insistido neste fórum nos últimos dias, o mercado de crédito local voltou definitivamente ao foco dos investidores, o que pode trazer incerteza e volatilidade aos mercados globais. Segundo o Morgan Stanley: The Asian debt problem is slowly creeping back into the markets with Korea’s biggest shipper asking its creditors to restructure its debt and seeing its equity price falling by almost 30%. USDKRW has bounced from its 50% retracement level now confirming bullish 9-day RSI divergence. USDCNY was fixed at 6.5120 versus 6.4898 suggesting a further decline of the CNY-TWI. The FT highlights China's debt situation (237% of GDP) and its unsustainable pace of recent debt generation. Balance sheets will remain an issue, but the debt increase will still have to work through the various layers of the Chinese economy before we get bearish on the subject again. For now it will be growth indications ruling markets and for now these growth indications are likely to remain positive. Rising bond yields and their impact on global funding costs is what is on our near-term radar screen. And should risk appetite stay supported for now it should be the EUR and the CHF most at risk.

No Brasil, os jornais de hoje afirmam de Meirelles e Serra são os favoritos para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Temer. A mídia afirma ainda que Temer descarta a recriação da CPMF e seria contrário ao aumento de impostos. O O Globo de hoje afirma que a Operação Lava-Jato mira em aliado de Temer, apontando Henrique Eduardo Alves, Cunha e Geddel Viera Lima como alvos da Operação. O artigo traz poucas novidades além do que já é sabido de alguns investigados pelo MPF.

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