Europa em foco
Os ativos de risco continuam dando sinais de fragilidade. Após um rápido e acentuado “sell-off” das bolsas norte americanas na tarde de ontem, hoje é a vez dos mercados na Europa lideraram o humor negativo dos mercados globais. Mais um mês de queda no ZEW, na Alemanha, e ruídos em torno do processo da saída da Grécia do programa de ajuda financeira, estão sendo os argumentos utilizados para a pressão verificada nos ativos de risco essa manhã. Apesar de eu acreditar que parte relevante no processo de ajuste de posições, volatilidades e preços já ter acontecido nas últimas semanas, os mercados financeiros globais parecem ter ficado tecnicamente/graficamente mal posicionados, o que impede de termos uma clareza maior em torno de até onde pode ir essa correção.
A agenda do dia ainda será relativamente esvaziada, ganhando maior destaque amanhã, com uma série de dados relevantes de crescimento nos EUA. No campo micro, teremos uma agenda repleta de resultados corporativos nos EUA ao longo de toda semana.
Brasil – Os ativos locais tiveram uma forte apreciação ontem, refletindo o bom momento de Aécio nas pesquisas e o fluxo de notícias a seu favor. Acredito que nos atuais níveis de preço, o mercado já parece mais balanceado para uma maior probabilidade de vitória da oposição nas eleições. Contudo, faltando menos de duas semanas para a votação, conforme o tempo passar, e Aécio manter-se na liderança das pesquisas, os mercados locais deveriam atingir os níveis mais elevados que chegaram no melhor momento de Marina Silva na corrida pelo primeiro turno. O Vox Populi divulgou, ontem a noite, pesquisa mostrando empate técnico entre Dilma e Aécio. O instituto mostrou bastante diferença em relação aos demais, fator que também foi verificado ao longo do primeiro turno, com leve viés favorável a Dilma.
Europa – Os indicadores de crescimento da região continuam dando sinais preocupantes. Na Alemanha, o ZEW caiu de 6.9 para -3.6 pontos em outubro, muito abaixo das expectativas de 0.0. O indicador de situação presente recuou de 25.4 para 3.2, abaixo das expectativas de 15.0 pontos. Na Área do Euro, a produção industrial de agosto apresentou recuo de 1.8% MoM, levemente abaixo das expectativas de -1.6% MoM. Com a economia da região sem apresentar sinais claros e consistentes de recuperação, o BCE será obrigado a colocar em prática novas medidas de suporte ao crescimento, a fim de evitar um cenário de “japanização” da economia europeia.
Oct. 14 (Bloomberg) -- Greece’s government bonds declined, pushing 10-year yields above 7 percent for the first time since March, after euro-area finance ministers clashed with the nation’s leaders over their desire to sever a bailout program. Greek 10-year bonds fell for a second day and the nation’s stock index tumbled to the lowest in more than a year. Ministers are watching Greece “with a certain skepticism and concern,” Austrian Finance Minister Hans Joerg Schelling said yesterday. The euro area’s second-biggest bond rally this year is slowing amid concern Greece won’t be able to raise finance at sustainable rates without the support of its regional partners. Benchmark German 10-year yields dropped to a record.
China – O PBoC cortou em mais 10bps os juros pagos nos papéis emitidos essa noite (PBoC cutting the rate it pays on 14-day repos 10bps to 3.4% today) , para um patamar de 3.4%. Foi o segundo corte de juros em cerca de 1 mês. O governo local continua adotando uma postura mais proativa e agressiva na condução de sua política fiscal e monetária, com objetivo de colocar um piso no crescimento do país e atingir seu objetivo de crescimento de 7.5% este ano.
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