Commodities e Desinflação

Os ativos de risco continuam dando sinais negativos. Agora é a vez de um forte movimento de queda no preço das commodities, lideradas pelo Petróleo, trazer um tom negativo aos mercados. Além disso, os sinais de desinflação no mundo chamam a atenção, o que coloca ainda mais em evidencia a capacidade da economia global em mostrar uma recuperação econômica mais consistente e permanente. O MS resumiu de forma bastante pertinente este ambiente:

Disinflation: Disinflation remains the dominant theme after the release of weak CPI prints from the UK, Sweden and China. On top of this, Korea cut rates overnight (25bp to 2.0%) and revised its growth and inflation projections lower. Deflation risks come in as a result of high global debt and overcapacity. We have made the point for Sweden before, where private households run a record 175% debt/GDP level, which breaks the transition mechanism between growth and inflation. Similar dynamics apply for other highly indebted economies including China. Overnight China reported its PPI falling at a 1.8%Y rate while CPI growth declined from 2%Y to 1.6%Y. China’s top economic planning agency is said to have suspended approvals this week for the sale of corporate bonds, deepening a crackdown on corruption and irregularities in the bond market, implicitly tightening monetary conditions. However, the biggest surprise to global markets was the substantial 250k per day downward revision in projected oil demand growth by the IEA, citing slowing global economies. Since June, oil has declined by 25% and declined by more than 4% yesterday. Falling energy prices will keep CAD and NOK on the back-foot, in our view.
Not all is good when oil cheapens: Declining oil prices represent an income transfer from oil producers to consumers and hence lower oil prices should boost real disposable income in oil consumer nations, but there are bearish implications too, especially when lower oil prices come on the back of falling global demand and slowing economic activity. Moreover, shale gas producers tapped the high yield credit market and, should oil prices drop below a level that turns lucrative shale production into a loss-making business, the high yield market may face additional volatility.

A agenda do dia será mais relevante do que vimos no começo da semana, com destaque para as vendas no varejo no Brasil. Nos EUA, teremos PPI, Retail Sales e Empire Manufacturing.

Brasil – O foco de hoje ficará por conta das pesquisas Ibope e Datafolha a serem divulgadas no final da tarde. O debate na Band ontem foi um pouco de “mais do mesmo”. Mostrou uma Dilma nervosa, na defensiva e ainda deferindo uma série de mentira e calúnias. Aécio se mostrou firme, com propostas concretas de governo e rebatendo de prontidão qualquer informação enganosa vinda de sua adversária. Uma melhor performance do candidato do PSDB já era esperado.

China – O CPI caiu de 2% YoY para 1.6% YoY em setembro, abaixo das expectativas de 1.8%. O PPI passou de -1.2% YoY para -1.8% YoY. A despeito de uma inflação baixa manter a porta aberta para novas medidas de estímulo ao crescimento, a permanência do PPI em território negativo mostra uma economia com capacidade ociosa, rodando abaixo do seu potencial. Com este níveis de inflação, fica difícil acreditar que a economia possa estar passando por um processo de estabilização do crescimento.

Europa – Na Inglaterra, a taxa de desemprego recuou de 6.2% para 6.0% em agosto, abaixo das expectativas de 6.1%. O número mostra um mercado de trabalho em franca recuperação, o que deve tornar o trabalho do BoE ainda mais desafiador, já que não há nenhum sinal claro de pressões inflacionárias na economia.

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