Europa
A terça-feira
está sendo mais positiva para os ativos de risco, que estão sendo sustentados
pela expectativa de novas medidas de expansão monetária por parte do Banco
Central Europeu (BCE) após a divulgação de mais um mês de queda do Core CPI na
região. O EUR opera sobre forte pressão, o que está ajudando a colocar um bid no USD ao redor do mundo mas, especialmente,
contras as moedas de G10.
A agenda
do dia será agitada, com destaque para o Chicago PMI e Consumer Confidence nos
EUA, e pesquisas eleitorais pelo Ibope e Datafolha no Brasil.
Brasil – Os ativos locais tiveram um dia de forte pressão na segunda-feira,
refletindo um avanço de Dilma nas pesquisas divulgadas ao longo o final de
semana. No que tange o cenário econômico, o Relatório de Inflação divulgado
pelo BCB ontem mostrou um cenário relativamente estável em relação a última
reunião do Copom, mas com um pano de fundo já defasado, a partir do momento que
o câmbio já se encontra próximo a 2,45 e não mais em torno de 2,25 como
utilizado pelo BCB em suas projeções. Na coletiva de imprensa, Carlos Hamilton
adotou discurso hawkish, deixando
claro que não se furtará em subir os juros caso o cenário prospectivo não
corrobora as expectativas do BCB.
Europa – Em setembro, o CPI recuou de 0,4% YoY para 0,3% YoY, com o Core CPI
saindo de 0,9% YoY para 0,7% YoY. O cenário de crescimento frágil e inflação
cadente, sem nenhum sinal de estabilização, é um grande risco ao BCE, e deverá
mantê-lo em estado de alerta caso as medidas anunciadas até o momento sejam
insuficientes para estabilizar a economia da região. A taxa de desemprego da
Área do Euro ficou estável em elevados 11,5% em agosto. Na Alemanha,
verificamos um aumento de 12 mil indivíduos na categoria de desempregados em
agosto, acima das expectativas de redução de 2 mil. As vendas no varejo
apresentaram forte alta de 2,5% MoM no mesmo mês, muito acima das expectativas
de 0,5% MoM. Na França, o Consumer Spending apresentou alta de 0,7% MoM,
revertendo a queda de mesma magnitude no mês anterior, e ficando acima das
expectativas de -0,2% MoM.
EUA
–
Ontem, o Personal Spending e Personal Income confirmaram um ambiente
relativamente positivo para o crescimento do país neste começo de segundo
semestre. A agenda da semana será relevante para o mercado manter, ou não, a
reprecificação que está sendo feito no USD e nos juros curtos locais. Um
ambiente de crescimento sólido e saudável, será o suficiente para que o
diferencial de crescimento da economia norte americana fique cada vez mais
evidente em relação a um ambiente ainda extremamente desafiador no resto do
mundo.
China
– O
HSBC Flash Manufacturing PMI foi revisão de 50,5 para 50,2 em setembro, mostrando
estabilidade do indicador, e não mais leve alta. O país passa por um dos
momentos mais delicados da última década, com um crescimento estrutural fraco a
medida que o governo busca promover reformas de longo-prazo na economia e nas
instituições do país.
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