Dados de Emprego nos EUA

Os ativos de risco, liderados pelas bolsas norte americanas, a despeito de um bom desempenho dos mercados na China, operam em tom mais negativo esta manhã, na expectativa dos dados de emprego nos EUA, que podem ser decisivos para os próximos passos de política monetária do Fed, e para a dinâmica de curto-prazo dos mercados.

Na agenda do dia, além dos dados de emprego nos EUA, teremos o IPCA no Brasil.

Brasil – Acredito que o mercado externo deverá ditar a dinâmica dos ativos locais no curtíssimo-prazo. Ainda vejo espaço para novas rodadas de realização de lucros ou consolidação dos ativos brasileiros, especialmente após as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na quinta-feira, mas admito que os dados de emprego nos EUA irão predominar, pelo menos hoje, sobre o cenário político local.

EUA – Acho válido tentar termos um mente alguns cenário para o Payroll de hoje, mas não deixando de citar que, além do Payroll, precisaremos analisar com cuidado outras variáveis do número de agosto, como Taxa de Desemprego, Earnings e afins:

Payroll abaixo de 150 mil – Fechamento de taxas de juros, USD fraco, bolsas podem reagir mal a incerteza de crescimento;

Payroll entre 150 mil e 250 mil – “Goldilocks” e “Risk-On”. Viés de abertura gradual de juros e USD forte, mas com movimentos extremamente graduais. Busca por risco em bolsa, carry-trade e EM;

Payroll acima de 250 mil – Pode se consolidar um cenário de abertura de taxas de juros, com forte reprecificação da curva americana, USD forte e um ambiente mais desafiador para risco, carry-trade e EM.

Europa – A produção industrial de julho, na Alemanha, apresentou forte alta de 1,9% MoM, muito acima das expectativas de alta de 0,4% MoM. O número segue uma forte alta do Factory Orders do mesmo mês, divulgado ontem, o que confirma um rebound acentuado da economia após dois meses de fraqueza. A economia do país continua se mostrando um dos únicos pilares de crescimento sustentado na região e ainda deve permanecer ao longo dos próximos meses.