Consolidação
Após uma quinta-feira de “risk-off”
generalizado, os ativos de risco tiveram uma noite mais tranquila, sem grandes
movimentações. Hoje pela manhã, o price-action
indica estabilidade, com alguma recuperação das bolsas da Europa, mas com
sinais de fraqueza ainda aparentes.
A agenda do dia será novamente esvaziada, com destaque apenas para o
última revisão do PIB do 2Q nos EUA e para a pesquisa Datafolha no Brasil.
Acredito que o mercado está no meio do processo de ajuste a uma nova
realidade global, onde a China cresce estruturalmente menos, e a política
monetária americana migra para um estágio menos expansionista do que no passado
recente, com o fim do QE cada vez mais próximo. Além disso, alguns outros
ruídos pontuais, e menos relevantes, como a possibilidade da Rússia aprovar uma
nova lei que permite ao governo congelar os ativos estrangeiros no país, em uma
retaliação as sacões impostas pelo Ocidente, somada a notícia de um possível
atentado terrorista em NY ou Paris, promovido pelo Estado Islâmico, estão
ajudando a promover uma rodada mais acentuada de ajustes de preços e
volatilidade nos mercados globais.
No meu ponto de vista, o mercado ficou tecnicamente em posição ruim, o
que pode acabar levando a novas rodadas de ajustes nos ativos de risco. Ainda
não vejo motivos para um ambiente de ruptura, mas este processo de ajuste de
preços e volatilidade, com o mercado buscando um prêmio de risco maior para o
cenário descrito acima, deve ser visto como normal e saudável neste estágio da
economia mundial.
Brasil – A pesquisa Vox Populi divulgada ontem
convergiu para o Ibope e o Datafolha, com Dilma liderando por 1pp no segundo
turno, ou seja, um novo empate técnico. Hoje termos uma pesquisa Ibope após o
fechamento do mercado.
A noite foi de agenda esvaziada na China e na Europa, com os mercados
reagindo basicamente a fluxos pontuais e ao pano de fundo global descrito
acima.
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