Brasil: Governo vence, mas dúvidas persistem.

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento positivo verificado ontem, com destaque para a alta das bolsas globais, lideradas por mais um movimento altista do petróleo.

Na China, o PBoC continua guiando o CNY para níveis mais depreciados, em linhas com o movimento verificado no dólar ao redor do mundo nos últimos dias. Por hora, o mercado se mostra tranquilo com este movimento, em um sinal de que entende o novo modelo cambial do país.

Na Grécia, um acordo junto aos credores está dando imenso alívio aos ativos do país, com juros fechando taxas e alta da bolsa local.

No Brasil, temos algumas notícias divergentes. Em primeiro lugar, o governo saiu vitorioso em sua primeira batalha no Congresso, com a aprovação da meta fiscal para 2016. Não há dúvida de que a vitória seja positiva. Contudo, a seção do Congresso foi longa e tumultuada. A oposição conseguiu fazer bastante barulho e obstruir a pauta por várias horas. A dinâmica da votação mostra que, talvez, será mais complicado aprovar temas um pouco mais polêmicos no futuro que se avizinha.

Em artigo da Folha, gravações de Renan Calheiros, presidente do Senado, coloca o senador em situação complicada, parecida com aquela de Eduardo Cunha e, principalmente, Romero Jucá. As gravações fazem parte do acordo de delação premiada de Sergio Machado, ex presidente da Transpetro, e pessoa muito próxima a cúpula do PMDB. As gravações tornam o cenário político ainda mais complicado, já que deixam o receio d Operação Lava-Jato no ar, sem que saiba quem serão os próximos alvos da Operação. Vale lembrar que o vice presidente do Senado é do PT, hoje partido de oposição ao governo interino.

Finalmente, os jornais de hoje sinalizam que algumas das medidas tomadas pelo governo interino podem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, e outras devem enfrentar resistência do Congresso:

Segundo O Globo, Líderes da bancada governista no Congresso receberam bem as medidas anunciadas ontem pelo presidente interino, Michel Temer, mas alertaram para possíveis dificuldades na aprovação de limites de gastos em saúde e educação. Já a oposição atacou as propostas e prometeu trabalhar para derrotá-las no Legislativo.

Na Folha, Parecer técnico da Câmara sustenta que a primeira medida provisória de Michel Temer, que reorganizou a Esplanada, apresenta “incompatibilidades” com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a Constituição. Segundo o estudo, a criação dos ministérios da Transparência e do Gabinete de Segurança exigiria “prévia dotação” e “autorização específica” na lei de diretrizes orçamentárias. Também não há estimativa do impacto financeiro nem demonstração de recursos para custeio.

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