Brasil: Equipe de Temer ganha corpo.

A noite foi de price-action relativamente tranquilo e sem novidades relevantes no cenário. Está manhã, contudo, vemos sinais de fadiga do movimento positivo verificado ontem, com as bolsas da Europa e EUA apresentando leve queda, o dólar mais forte contra as moedas emergentes e ligadas a commodities, e com mais uma rodada de queda no preço das commodities.

No Brasil, os jornais de hoje afirmam que Ilan Goldfajn, atul economista chefe do Itaú, será o presidente do BCB. Ilan é considerado um economista da ala mais dovish, o que elevaria as chances de uma queda de juros no curto-prazo. Segundo a mídia, a reforma da previdência será uma grande prioridade de Meirelles na Fazenda, que também irá acumular o ministério de previdência. De maneira geral, os sinais continuam bastante positivos para a implementação de um eventual governo Temer.

Em relação ao BCB, reafirmo que não tenho convicção de quando será o inicio do ciclo de queda de juros. Na margem, temos recebido notícias mais negativas para a inflação de curto-prazo, o que ajudou a dar suporte ao mercado de inflação implícita e às NTNBs nos últimos dias. Assim, continuo mais otimista com os mercados de juros reais e nominais na barriga e na parte longa curva local de juros.

No Japão, vale a pena citar a rápida e acentuada depreciação do JPY verifica nos últimos dias. O movimento foi iniciado com rumores de que o BoJ poderia intervir vendendo JPY próximo aos níveis que a moeda estava atingindo. Além disso, a posição técnica era ruim (muito comprada em JPY) e surgiram sinais de que o BoJ, além de intervir no mercado de FX, poderia adotar medidas adicionais de estímulo monetário nas próximas reuniões de política monetária. Não tenho grandes opiniões ou convicções em relação a este par de moedas.

Gostaria de replicar neste fórum uma teoria apresentada pelo Morgan Stanley hoje pela qual eu simpatizo:

There is a new way of thinking making its round (BIS, 14th April) putting low productivity into the context of too easy monetary conditions deployed over recent decades. RBI’s Rajan prominently shares this view saying yesterday that he remains unconvinced that helicopter money would work. He sees growing evidence of the limits of monetary policy being reached. The Rajan-supported theory claims that too high leverage hinders the reallocation of capital into higher productive areas leading to long-term declines of growth potential. According to this interpretation, asset markets may face significant setback potential as investors will have to adjust net present value calculations by reducing the long-term potential of corporate generating earnings. Currencies with substantial foreign funding needs face devaluation risks as asset volatility increases. Currencies with no external coverage needs or operating out of a surplus situation would benefit. The scenario described here suggests being structurally short AUDJPY.

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