Brasil: Governo admite que só teto de gastos não resolve e já prepara outras medidas

Em uma segunda-feira de feriado nos EUA e na Inglaterra, o ativos de risco estão operando sem grandes movimentações e com baixíssima liquidez.

No Brasil, mas um Ministro do atual governo foi pego em gravações criticando a Operação Lava-Jato, criando mais um evento de constrangimento ao governo interino.

Segundo a Folha: O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle escolhido pelo presidente interino Michel Temer, Fabiano Silveira, criticava a operação Lava Jato[www1.folha.uol.com.br] e orientava investigados enquanto tinha um cargo de conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que fiscaliza o poder Judiciário. Fabiano Silveira foi gravado pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que se tornou delator da operação, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros. Os áudios foram exibidos pelo programa Fantástico, da TV Globo. Numa das frases, após Machado criticar o Procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, Silveira diz: "Eles estão perdidos nessa questão [da Lava Jato]". Segundo o programa, a gravação ocorreu no fim de fevereiro, na casa do presidente do Senado. Fabiano é servidor do Senado e foi indicado para o CNJ por Renan.

De acordo com o Estado, existe muita resistência no Congresso as medidas de ajuste fiscal apresentadas até o momento pela equipe de Temer: Líderes dos sete maiores partidos do Congresso não querem se comprometer com a pauta econômica do presidente em exercício Michel Temer, principalmente em relação às duas medidas prioritárias: o teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência. Apesar de reconhecerem a necessidade dos projetos, eles dizem ser necessário discutir mudanças nas propostas. A resistência existe até nas bancadas do PMDB, partido do qual Temer é presidente licenciado.

No Valor, Ribamar Oliveira afirma que Governo admite que só teto de gastos não resolve e já prepara outras medidas. Segundo o artigo, Apenas com a fixação de um teto para as despesas da União a partir de 2017, como pretende o presidente interino Michel Temer, o governo federal só voltaria a obter um superávit primário em suas contas em até oito anos, de acordo com os cálculos que estão sendo feitos pela equipe econômica. "Mas nós não vamos esperar tanto tempo", garantiu uma autoridade, em conversa com o Valor. Assim, o governo deverá anunciar, logo após a aprovação da proposta de emenda constitucional que fixa o teto pelo Congresso Nacional, novas medidas para melhorar as finanças públicas, que podem incluir mudanças de regras de benefícios sociais, a venda de ativos da União e, se necessário, a elevação ou criação de impostos. Entre as medidas está a reforma da Previdência Social. Caso o teto para os gastos seja aprovado pelo Congresso, o governo passará a trabalhar com um novo conceito fiscal, sobre o qual ainda não há clareza, principalmente porque não se conhece o texto da proposta de emenda constitucional. Quando o teto estiver em vigor, a despesa total da União para um determinado exercício será aquela registrada no ano anterior, corrigida pela variação da inflação e nada mais. 

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