Semana começa pouco movimentada.
Não há muitas novidades para adicionarmos no dia de hoje. A despeito
de um dia de elevada volatilidade no preço do petróleo, que chegou a oscilar cerca de 6% intraday, os movimentos dos demais ativos de risco foram mais
moderados, no que me parece ser um sinal de que o ferido de Thanksgiving nos EUA, agendado para o
final desta semana, já esteja afetando a liquidez dos mercados. Após operar em
queda superior a 3%, o petróleo apresentou rápida e acentuada alta, após a Arábia
Saudita, supostamente, ter sinalizado que está disposta a atuar junto aos
países da OPEP para balancear o mercado.
O dólar manteve o tom mais firme observado pela manhã, assim
como as commodities metálicas se mantiveram mais pressionadas. As bolsas ao redor
do mundo tiveram uma segunda-feira de maior estabilidade. O EUR testou níveis
abaixo de 1,06 mas, por hora, falhou em romper este patamar.
Os ativos no Brasil
seguiram o humor global a risco, ajustando o fato dos mercados locais não terem
aberto na sexta-feira, feriado no país. A curva local de juros precifica altas
de 150bps nas próximas reuniões do Copom, após passar um longo período
precificando altas em torno de 200bps. Com o câmbio mais contido, e os sinais
preocupantes do crescimento e do mercado de trabalho, o mercado migrou para um
cenário em que o BCB não irá elevar juros na reunião do Copom desta semana,
assim como deverá manter seu cenário central de juros estáveis por um período
prolongado de tempo. Ainda vemos sinais preocupantes para a inflação de
curto-prazo, com deterioração adicional das coletas de inflação. O BRL, por
hora, respeitou o patamar de 3,70.
Nos EUA, o Markit
Manufacturing PMI saiu de 54,1 para 52,6 pontos em novembro, abaixo das
expectativas de 54,0. O Existing Home Sales caiu de 5,55M para 5,36M, em linha
com as expectativas. Os números de hoje em nada alteram o cenário para a
política monetária do país.
Na Europa, o Markit
PMI Composite saiu de 53,9 para 54,4 pontos em novembro, acima das expectativas
de 54,0 e o maior patamar desde desta série (relativamente curta). O número
reforça um cenário de crescimento saudável na região, a despeito de acomodações
cíclicas da economia.
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