Brasil: News flow mais positivo.

Os ativos de risco estão sem uma tendência clara definida desde a divulgação dos dados de emprego de outubro nos EUA. Verificamos um movimento pontual, rápido e acentuado, de reprecificação da curva de juros do país, o que deu algum suporte ao dólar e voltou a pressionar as commodities, sem um impacto relevante sobre as bolsas globais. Após esta reprecificação, contudo, ao longo desta semana, estamos vendo um movimento de consolidação dos ativos de risco.

Na agenda do dia, destaque para as Vendas no Varejo no Brasil. Nos EUA, teremos Jobss Claims e JOLTS Job Opening como destaque.

Brasil – Após uma sequencia de derrotas, o Governo conseguiu, finalmente, uma importante vitória para o ajuste fiscal na noite de ontem, com a aprovação do texto base da “Lei da Repatriação”. Os cálculos de quando será arrecadado pela medida, assim como o fluxo cambial que a nova regra irá trazer ao país ainda são bastante incertezas, com a aprovação do texto base não deixa de ser um avanço importante para o país. O news flow local aparenta ter apresentado melhora nos últimos dias, assim como o preço dos ativos brasileiros. Por hora, os ativos locais parece estar sem tendência definida e devem continuar operando a mercê dos fluxos e da posição técnica, até que fique evidente um cenário econômico e político que irá predominar nos próximos meses. Proponho uma postura mais tática, com posições menores e stops bem definidos.

De acordo com a Folha, Pressionado por setores do mercado financeiro e por parte de seu eleitorado, o PSDB vai "abrir uma janela de negociação" com o governo federal em torno de projetos considerados vitais pelo Planalto para evitar o aprofundamento da crise econômica. Com o aval do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional da legenda, líderes do partido iniciaram a guinada nesta semana. A discussão sobre os termos para a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União) inaugurou a nova fase, mas os tucanos já debatem outras propostas. Membros da cúpula do PSDB no Senado esperam que o partido vote em peso pela manutenção dos vetos da presidente Dilma Rousseff à chamada pauta-bomba –cujas medidas, se aprovadas, podem elevar em até R$ 63 bilhões os gastos públicos. A mudança coincide com o início do diálogo entre aliados do Planalto e os principais nomes da oposição. No Senado, o líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), tem mantido contato permanente com Aécio e José Serra (PSDB-SP), por exemplo. Houve ainda uma rápida conversa, em caráter reservado, entre Aécio e o ministro Jaques Wagner (Casa Civil). Os dois se reuniram em um restaurante de Brasília há cerca de 15 dias, segundo aliados. No PSDB, a versão corrente é de que o encontro ocorreu por acaso e que a fala de Aécio foi "rápida e genérica".


Os rumores em relação a nomeação de Meirelles para o Ministério da Fazendo continuam, mas segundo Valdo Cruz, da mesma Folha, ele teria algumas exigências que, na minha visão, são de difícil atendimento por parte do de Dilma: Reportagem da Folha nesta quarta afirmou que, para integrantes do grupo de Lula, a presidente Dilma só vai aceitar Meirelles no lugar de Levy se a situação econômica piorar ainda mais. Rumores da troca na Fazenda ajudaram o dólar à vista, referência no mercado financeiro, a recuar 0,32% nesta quarta, para R$ 3,776. Uma das exigências de Meirelles para aceitar o cargo seria que Dilma deixasse bem claro que a definição da política econômica do governo seria uma responsabilidade do Ministério da Fazenda. Questionado sobre se isso significaria a saída do ministro Nelson Barbosa (Planejamento), que disputa espaço na condução da politica econômica com Levy, Meirelles disse que não. Mas, para ele, não pode haver ambiguidade no comando da economia. Meirelles admitiu que tem divergências sobre economia com Dilma. Mas não concorda com a avaliação de que a presidente não o tolera. Lembrou que, depois de ter vencido a eleição presidencial em 2010, ela o convidou para assumir a Autoridade Pública Olímpica, responsável pelos Jogos no Rio em 2016. Ele chegou a aceitar, mas depois declinou porque algumas condições feitas por ele à presidente acabaram não sendo aprovadas no Congresso.

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