Dia de agenda carregada.
Os ativos de risco operam próximos a
estabilidade está manhã. As commodities apresentam leve queda, após o short squeeze verificado ontem. O dólar
cai contra as moedas de G10, mas sobe contra as moedas emergentes. As bolsas da
Ásia, Europa e EUA não apresentam tendências definidas. Podemos esperar um
mercado ilíquido a partir da tarde de hoje, o que pode trazer uma enganosa
volatilidade aos ativos devido ao ferido de Thanksgiving nos EUA amanhã
A agenda do dia, as vésperas do
Thanksgiving, será carregada nos EUA.
Hoje teremos, Personal Income,
Personal Spending, Core PCE Durable Goods, Jobless Claims, Markit PMI, New Homw
Sales e Michigan Confidence.
No Brasil,
o foco ficará por conta da decisão do Copom. Já é amplamente esperado que o BCB
mantenha a taxa Selic estável em 14,25%. Acredito que o cenário central seja de
um comunicado inalterado, ou com pequenos ajustes de linguagem. O risco,
contudo, ficará por conta de um sinal mais claro de que o BCB pretende ajustar
suas taxas de juros, para cima, caso o cenário prospectivo para a inflação
continue piorando. Como o mercado ainda precifica altas superiores a 150bps nas
próximas reuniões do Copom, eu não vejo necessidade do BCB adotar esta
sinalização na reunião de hoje, mas certamente é um risco não desprezível.
Segundo a mídia o governo estuda adiar
o reajuste do salário mínimo para ajudar no ajuste fiscal. A medida seria
positiva do ponto de vista fiscal, mas contracionista do ponto de vista do
crescimento, em um ambiente já extremamente hostil a economia. O estudo de
medidas nesta direção mostra como o governo já encontra dificuldades em cortar
gastos, assim como não vê ambiente político e social para novos aumentos de
impostos, tornando o ajuste fiscal cadê vez mais difícil.
Na noite de ontem, o Congresso aprovou
a MP 688, relativa ao setor elétrico. A aprovação da medida abre caminho para o
leilão de hidrelétricas no final deste mês, cujo governo conta com cerca de
R$10bi de arrecadação ainda este ano. É provável que parte relevante do leilão
seja ganha por investidores estrangeiros, o que pode trazer mais um fluxo para
o país.
A votação da mudança da meta fiscal de
2015, agendada para ontem, acabou ficando para a manhã de hoje, as 11h30. A
aprovação da mudança é essencial para a governabilidade do país.
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