Brasil: PMDB e oposição articulam novo plano para impeachment de Dilma.(Folha)

A noite foi de dinâmica mais negativa na Ásia, com a maioria das bolsas operando em baixa e com o dólar forte, seguindo o movimento global da tarde de quarta-feira. Hoje pela manhã, por hora, os ativos de risco operam sem grandes movimentações. As bolsas dos EUA e da Europa apresentam-se estáveis. O dólar mostra apenas leve alta ao redor do mundo, com um desempenho misto das commodities. Destaque para a queda das metálicas não preciosas.

Na agenda do dia, destaque para o Jobless Claims e Unit Labor Cost nos EUA. No Brasil, a agenda será esvaziada, mantendo o foco no cenário político. Finalmente, na Europa, a agenda irá trazer as vendas no varejo da Área do Euro. Na Alemanha, o Factory Orders de setembro apresentou forte e inesperada queda de 1,7% MoM, abaixo das expectativas de alta de 1% MoM e o terceiro mês consecutivo de queda do indicador. O dia será agitado na Inglaterra, com decisão do BoE e publicação do Relatório de Inflação.

Brasil – O projeto de “Repatriação”, que estava na pauta da Câmara de ontem, não foi colocado no plenário, e só deverá ser votado na próxima semana. Os seguidos adiamentos do projeto mostram a dificuldade enfrentada pelo governo para a aprovação do mínimo possível para o ajuste fiscal. Na tarde de ontem, a mídia divulgou que o déficit fiscal primário deste ano deve atingir cerca de R$120 bi, levando em conta as pedaladas fiscais.

Um artigo da Folha de hoje afirma que: PMDB e oposição articulam novo plano para impeachment de Dilma. Um novo script Está em curso uma operação que poderá inviabilizar o mandato de Dilma Rousseff sem precisar recorrer às pedalas do TCU. Segundo o plano articulado pelo PMDB com a ajuda de integrantes da oposição, o Congresso só aprovaria a mudança da meta fiscal de 2015 no ano que vem, levando o governo a fechar dezembro infringindo as leis Orçamentária e de Responsabilidade Fiscal em uma só tacada. A irregularidade sustentaria um pedido de impeachment “sob medida” na largada de 2016.Nó Caso a nova meta prevendo o deficit primário de 2,05% do PIB não seja aprovada, todos os atos fiscais do Executivo em 2015 se tornariam irregulares. Operação-padrão A cúpula do PSDB discute nos bastidores como proceder oficialmente. Integrantes da oposição na Comissão Mista de Orçamento falam em obstruir as sessões do Congresso para impedir a votação. Aperitivo Peemedebistas lembram que, em 2014, quando o governo tinha mais força do que agora, uma das sessões para aprovar a alteração da meta passou de 16 horas.

O cenário político continua conturbado. O governo segue com problemas de articulação política em meio a uma crise econômica aguda. Ainda não vejo sinais de melhora nem na frente política e muito menos na frente econômica. Enquanto isso, o Conselho de Ética da Câmara da prosseguimento ao processo de quebra de decoro contra o presidente da casa, Eduardo Cunha. Em suma, um ambiente ainda extremamente delicado.

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