Commodities em foco.
Os ativos de risco tiveram uma reação neutra aos atentados
ocorridos em Paris na sexta-feira. A semana começou na mesma toada que havia
terminado a semana passada, ou seja, com mais uma rodada de queda nas
commodities metálicas, liderada pelo Cobre, aliada a mais um movimento de
fortalecimento do dólar no mundo.
Vale ressaltar que o dólar sofreu dois períodos de
reprecificação nas últimas semanas. Primeiro, com o comunicado do FOMC, lido
como mais hawkish pelo mercado e,
depois, com os fortes dados de mercado de trabalho divulgados nos EUA para o
mês de outubro. Desde então, contudo, temos observado alguma volatilidade, mas
com os níveis recentes sendo, a grosso modo, respeitados. Assim, sem uma nova
tendência clara de fortalecimento do dólar nos últimos dias.
Salvo momentos pontuais de consolidação, como os últimos dias,
ainda vejo um movimento estrutural de alta do dólar no mundo, com novos picos
recentes ainda reservados para o futuro. O mesmo vale para o mercado de
commodities. Exceto por “short squeezes”
pontuais, apenas uma perspectiva clara de recuperação do crescimento mundial e,
em especial, da China, ou uma mudança drástica do quadro de oferta, ambos fora
do radar, por hora, serão capazes de inverter a tendência recente.
Os ativos do Brasil continuam com dinâmica própria e acabaram
tendo uma segunda-feira de melhor desempenho relativo, com alta do Ibovespa,
queda do USDBRL e fechamento de taxa de juros. Ainda vejo um cenário político e
econômico desafiadores. A Fitch declarou hoje que não necessariamente precisa
cumprir o prazo de 12 a 18 meses para rever o rating do país. Além disso, a AE
já fala em uma coalização da oposição, com intuito de obstruir a pauta da
Câmara, afim de forçar o andamento de um processo de impeachment. Além disso,
vemos novos e preocupantes sinais de uma inflação ainda mais alta no
curto-prazo. Segundo “fontes” o governo estudo medidas pontuais e localizadas
para destravar alguns canais de crédito.
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