Mercados Globais - Update.
A segunda-feira foi novamente de terror e pânico nos mercados globais. Não há nenhuma novidade relevante no cenário, então tentarei fazer uma analise da situação corrente e do que pode nos esperar a frente.
Acredito que os ativos de risco estejam digerindo uma nova realidade econômica e social e, neste caminho, existe um processo natural de ajuste de preços e posição técnica.
Devido ao nível de preços e posição que nos encontrávamos, este processo acaba sendo um pouco mais turbulento no curto-prazo. Em linhas gerais, alguns ativos haviam atingido níveis insustentáveis e a posição técnica tinha ficado comprometida.
Em algum momento, teremos um mercado com posição técnica mais saudável e preços mais atrativos. Já estamos em algum ponto deste processo, só não sei de na primeira metade, ou já na segunda metade deste caminho.
Dito isso, não vejo uma “bala de prata” capaz de resolver a situação de uma só vez. Um acumulo de medidas, fiscais, monetárias e crediticias serão necessárias.
Nos últimos dias vimos atuações contundentes dos bancos centrais. Contudo, como sempre falei nos últimos meses, o poder da política monetária está reduzido neste estagio do ciclo econômico.
Assim, será necessária uma atuação mais incisiva do lado fiscal. Se, por um lado, vemos alguns passos nesta direção, por outro lado, as medidas ainda são tímidas.
Na minha visão, medidas fiscais e crediticias mais agressivas são fundamentais para acalmar o mercado.
Além disso, será de fundamental importância termos uma maior visibilidade do ponto em que o Coronavírus será controlado ao redor do mundo. Se conseguirmos enxergar “uma luz no fim do túnel” em países como a Itália, acredito que trará um enorme alivio aos mercados.
Neste ambiente, sigo mantendo parcimônia, paciência e prudência. Já vejo enormes oportunidades de investimentos, mas tenho a certeza de que o curto-prazo ainda nos reserva enorme volatilidade e incerteza.
Assim, nunca foi tão importante entender as necessidades e o apetite a risco de cada cliente.
Peço desculpas caso as atualizações fiquem menos frequentes. Estamos em contingência para o bem dos clientes e dos colaboradores, mas sem perder nosso foco e nosso norte.
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