Daily News – Risk-On! Como ficam os Juros no Brasil?
A segunda-feira e início desta terça-feira
está sendo de rápida e acentuada recuperação das bolsas globais, em muito
sustentadas pelas expectativas de atuação dos Bancos Centrais e do G7 na
administração da eventual crise trazida pelo Coronavírus.
O G7 se reúne agora pela manhã e
um comunicado é esperado após a reunião. Eu diria que a divulgação de medidas
de sustentação ao crescimento já é esperada e, em parte, precificada pelos
ativos de risco.
Os mercados já precificam um
forte movimento de queda das taxas de juros nas principais economias do mundo,
o que acabou ajudando a dar suporte as bolsas nessas últimas 24 horas.
Seguimos em um ambiente de
elevada incerteza. Ainda vemos um curto-prazo bastante desafiador.
O movimento de alta das bolsas
verificado nas últimas horas costuma ser normal em um ambiente de alta
incerteza. O que foi anormal foi o movimento de queda, rápido, acentuado e
unidirecional verificado na semana passada.
O que irá definir o cenário de
longo-prazo para a economia global será a capacidade dos governos em conter o
Coronavírus e a capacidade dos Bancos Centrais em administrar os impactos
econômicos deste problema.
Seguimos acompanhando a situação
no detalhe e administrando os portfólios de acordo. Continuamos esperando um
fluxo de notícias negativo no curto-prazo no tocante ao contágio global do
vírus.
O mercado precificou nos últimos
dias uma atuação incisiva por parte dos “policy makers”. Qualquer erro nesta
direção poderá trazer novas rodadas negativas dos ativos de risco.
Na China, a atividade econômica
continua dando sinais, mesmo que incipientes de estabilização:
No Brasil, vimos ontem um forte
movimento de fechamento das taxas de juros que seguiu um movimento global nesta
mesma direção. O mercado passou a vislumbrar mais um corte da Taxa Selic diante
da nova realidade de cenário:
Ao longo da noite, um membro do
Copom declarou que o vírus estaria contido em alguns trimestres. Eu, se
estivesse no lugar do BCB, manteria, pelo menos nos próximos 3 a 4 meses, uma
postura mais cautelosa e não cairia a Taxa Selic novamente.
Acredito que seja o momento de “parar
para ver” os impactos da Selic mais baixa e entender as incertezas do cenário.
De qualquer forma, cresceram, de fato, as chances de novos cortes de juros no
país.
Comentários
Postar um comentário