Daily News – Avanços & Retrocessos.
Os ativos de risco estão abrindo a semana novamente
com forte aversão a risco.
No início da noite de ontem, o Congresso nos EUA
falhou em chegar a um acordo para um pacote fiscal compreensivo, que seria de
essencial importância para conter a crise econômica no país. Comentei sobre o
pacote na tarde de ontem, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/03/avancos.html.
Vale lembrar que, em 2008, o TARP, principal
programa de estabilização financeira na época, não foi aprovado em sua primeira
votação no Congresso dos EUA. Depois disso, vimos uma forte e adicional queda
das bolsas, o pacote foi revisto e, alguns dias depois, aprovado.
Assim, acredito que um pacote fiscal relevante
ainda seja aprovado nas próximas semanas.
Entretanto, este não é o único vetor que está
pressionando os ativos de risco. Na minha visão, fica cada vez mais claro que o
mercado precisa de uma “luz no final do túnel” em relação ao arrefecimento do Coronavírus
e seus impactos econômicos.
Os “lockdowns” estão começando a ser vistos como
excessivos e com efeitos colaterais demasiados (aqui, coloca o que acho ser a
opinião do mercado, e não a minha opinião pessoal. Vou me dar o direito de não
entrar no mérito desta polêmica e polarizada discussão).
Um artigo do Brazil Journal, de Geraldo Samor, ontem
, resumiu bem este ponto: https://braziljournal.com/coronavirus-medicos-defendem-abordagem-cirurgica-em-vez-de-lockdown-indefinido.
Na minha visão, o que vai acontecer é o seguinte: Os
governos vão tentar segurar todo mundo em casa entre 2 e 6 semanas, com intuito
de “achatar a curva de contaminação”). O quanto menos, melhor para a economia e
os mercados. Depois, independente do vírus, vão liberar a economia aos poucos.
Neste ínterim, alguns remédios vão funcionar para
reduzir os danos da doença, a histeria acaba e a vida volta, aos poucos e
dentro do possível. O vírus vai continuar por aí, teremos uma vacina só daqui a
1 a 2 anos. Vai ser mais um vírus...Parece que estamos no auge da histeria e do
pânico.
Em suma, sigo buscando acompanhar os vetores que
venham a dar suporte a este mercado: Posição técnica mais saudável; nível de
preços/”valuations” mais atrativos; pacotes fiscais grandes o suficientes;
suporte dos bancos centrais; uma profilaxia para lidar com o Coronavírus; uma
vacina de prevenção; e uma visibilidade de onde será o pico do contágio.
Deixo aqui nossa última atualização de cenário:
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