Daily News – Desafios seguem intensos.
Seguimos em um ambiente extremamente
incerto e desafiador. Gostaria de reforçar a mensagem que passei na manhã de
ontem:
É duro dizer isso, mas a
dinâmica dos mercados parece muito uma dinâmica de fim de ciclo ou de crise
econômica e/ou financeira. Este ainda não é o cenário base, mas seria
extremamente arrogante de minha parte ignorar estes sinais.
Desde então, vimos mais uma rodada
de forte queda das bolsas globais. Além disso, os sinais dos demais mercados
seguem preocupantes: Ouro próximo a 1.700, Juros Americanos nos pisos
históricos, Bancos Europeus nas mínimas e assim sucessivamente:
Dólar/FX:
Juros de 10 anos da Europa e EUA:
Juros de 30 anos nos EUA:
Bancos Europeus:
No Brasil, somos passageiros de
toda essa situação. Agora, temos um agravante. Desde que o BCB sinalizou mais
um corte da Taxa Selic, vimos uma “explosão” do dólar (ajudado, óbvio, pelo
cenário internacional). Ontem, contudo, este pano de fundo levou a uma forte
abertura e “steepening” da curva local de juros.
Consequentemente, essas pressões
ajudaram a promover uma rápida e acentuada queda das ações cíclicas locais,
muitas delas “dependentes” ou com alta correlação com as taxas locais de juros.
Isso fez com que o Ibovespa caísse quase 5%.
Não acredito que o cenário ou o “case”
para a bolsa no Brasil no longo-prazo tenha sido alterado, mas certamente
teremos mais incerteza, volatilidade e momentos de pressão negativa.
De forma geral, o Coronavírus e
seus impactos econômicos continuam ditando a direção dos mercados e assim
devemos continuar nas próximos semanas, pelo menos até termos uma melhor
visibilidade do cenário.
Os dados econômicos de
curto-prazo devem ser olhados com suspeitas, pois os efeitos do Vírus só saberemos
a partir dos dados de março, que serão divulgados de abril em diante.
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