Brasil em Foco

Três novidades está manhã merecem destaque. (1) Um IPC-S mais baixo do que as expectativas, (3) mais um mês de forte queda da Sondagem da Industria da FGV em julho e (3) artigo do Cristiano Romero no Valor colocando o cenário macro local em perspectiva e dizendo que existe amplo espaço para uma mudança de postura por parte do BCB até a reunião do Copom de setembro. Todos esses eventos apontam para uma assimetria na direção de juros mais baixos no país nos próximos meses. A parte curta da curva de juros deve se manter pressionada (juros para baixo) enquanto perdurar este ambiente. O risco é alguma sinalização oficial contrária por parte do BCB.

IPC-S - O IPC-S da última semana caiu de 0.24% para 0.16%, abaixo das expectativas de 0.21%. Com o IPCA-15 ontem tendo apresentado alta de 0.17%, e as coletas rodando consistentemente abaixo de 0.20%, é provável que o IPCA fechado de julho possa ficar na faixa de 0.15%, e não em torno de 0.20% como era esperado anteriormente, dando um pequeno alívio ao cenário de inflação. O destaque de queda ficou por conta de Alimentação, Vestuário e Educação, com Saúde apresentando queda, mas ainda em patamar elevado. Habitação continua sendo o destaque de alta, puxada pelos reajustes de Tarifa de Eletricidade.  

Sondagem das Industria -  A prévia de julho da Sondagem da Indústria de Transformação sinaliza queda de 3,2% do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao resultado final de junho, considerando-se dados livres de influência sazonal*. Com o resultado, o índice atingiria 84,4 pontos, o menor desde abril de 2009 (82,2), mantendo a trajetória declinante iniciada em janeiro passado. Pelo terceiro mês consecutivo, o resultado decorre da deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. Em maior magnitude, o Índice da Situação Atual (ISA) recuaria 4,4%, para 86,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cairia 2,0%, para 82,7 pontos. Os dados preliminares de julho indicam redução no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), de 83,5% para 83,2%, o menor desde outubro de 2009 (82,6%).

Cristiano Romero - É bem provável que a ata da última reunião do Copom, que será divulgada amanhã, tenha um texto muito parecido com a do encontro de maio, refletindo uma maior preocupação do BC com a inflação. É um documento fadado, entretanto, a envelhecer técnica e politicamente ao longo dos próximos 40 dias.

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