Perspectiva histórica:


Tenho tentado fazer um acompanhamento frequente estes últimos dias sobre a situação no Oriente Médio (pode ser visto no Twitter em @DanKawa2), tendo em vista que não sou um especialista em geopolítica e muito menos em Oriente Médio.

Meu intuito tem sido em acompanhar a situação e tentar entender seus potenciais impactos para a economia global e os mercados financeiros mundiais.

O impacto mais óbvio, neste momento, seria no preço do Petróleo. Uma alta mais acentuada e permanente gera mais inflação e menos crescimento. Isso porque um petróleo mais caro atua como uma espécie de imposto sobre o consumo. O tamanho deste impacto, por sua vez, depende do tempo e das proporções que irão tomar o conflito no Oriente Médio.

Desde ontem a tarde, vimos ataques pontuais e localizados por parte do Irã e suas milícias no Oriente Médio e na África, onde há presença americana. Trump já declarou que irá responder a qualquer ataque a alvos americanos na região.

Em perspectiva, o gráfico abaixo mostra o impacto do Guerra do Golfo na bolsa dos EUA. Não quero aqui entrar no detalhe da situação. Economicamente era outro momento, assim como politicamente. Contudo, acho sempre importante termos perspectivas históricas.



Em relação aos preços dos ativos de risco, gosto de olhar por duas vias. Primeiro, o impacto de curto-prazo. Após a forte apreciação dos ativos de risco em 2019 e, especialmente, em dezembro, chegamos em patamares talvez “esticados” e com posição técnica ruim. Um evento inesperado como este pode trazer incerteza, volatilidade e alguma correção/acomodação.

Segundo, o impacto de longo-prazo. Aqui, as possibilidades são mais vastas e menos claras. Tudo irá depender do tamanho, extensão e tempo que o conflito irá durar. Olhando de hoje, ainda é muito difícil de mensurar estes impactos. No geral, são problemas pontuais, que podem durar algumas dias, semanas, meses – dificilmente duram vários anos.

Quando o conflito dura muitos anos, o mercado tende a se ajustar em alguns meses e depois “aprende a conviver” com o problemas e a incerteza, sem que haja impactos relevantes em prazos maiores após o ajuste inicial.

Neste momento, só temos a acompanhar a situação.

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